sexta-feira, 6 de julho de 2007

Belo Horizonte segue São Paulo na energia solar

Além de São Paulo, mais uma cidade respondeu positivamente às propostas da Iniciativa Cidades Solares neste junho passado: a Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte aprovou dois projetos de lei que confirmam a vocação solar da cidade que já é a capital brasileira que mais utiliza a energia solar para aquecimento de água.

Um dos projetos criou a política municipal de incentivo ao uso de formas alternativas de energia que, entre outras providências, elimina a sobretaxação do equipamento solar para cômputo do valor do IPTU das edificações, uma anomalia que penalizava os munícipes que optassem por esta forma de energia sustentável.

No outro projeto aprovado no dia 29 de junho passado, a Câmara passa a obrigar os empreendedores da construção civil a utilizarem tubulação que permita a utilização de energia solar em edifícios residenciais.

in Portal do Meio Ambiente

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Biodisel, combustível do futuro

Detentor da primeira patente brasileira de biodiesel, o engenheiro químico Expedito de Sá Parente é tratado como herói pela criação do combustível ecologicamente correto.

O cearense que já assustou a ministra Dilma Rousseff com o barulho de seu piloto para uma usina elétrica movida a biodiesel e tirou retrato ao lado de foguetes da Nasa (ele está desenvolvendo um bioquerosene para a aviação junto com a agência espacial americana e a fabricante de aviões Boeing), falou sobre o futuro de sua criação durante o 4º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel em Varginha (MG).

Nem sempre Parente fez tanto sucesso. "Há trinta anos eu falava sozinho, era taxado de louco. Assinava meus relatórios com pseudônimos para que fossem levados a sério", conta. Hoje, segundo o químico, a tecnologia anda mais rápido. "Se a energia evoluir nos próximos anos como a informática, em breve teremos fontes de energia portáteis, de bolso. E agora a pauta da ciência e tecnologia está voltada para a energia", analisa.

O químico afirma que o petróleo se torna inviável com fenômenos como o crescimento urbano na China e a introdução de novas tecnologias no cotidiano das pessoas, como o computador pessoal. "Além de ser finito, o petróleo gera problemas como a fuligem e a emissão de gases de efeito estufa (GEE). Cada chinês que migra do campo para a cidade aumenta em dez vezes seu gasto de energia", explica.

Diversidade

O modelo de implantação do biodiesel na matriz energética brasileira, que tem levantado discussões acaloradas entre governantes, ambientalistas e estudiosos, deve levar em consideração características regionais. "No Nordeste temos a motivação forte de reduzir a miséria no sertão, uma questão mesmo de dignidade humana. A vocação é para culturas resistentes ao semi-árido e viáveis na agricultura familiar", diz.

O professor explica que, na Amazônia, a implantação deve ser diferente. "Lá é possível reflorestar áreas degradadas com culturas permanentes", diz. Na Região Norte, o biodiesel pode ser uma das principais fontes de energia. "Existem comunidades completamente isoladas, que dependem do transporte do diesel para ter eletricidade e combustível", lembra.

No Sul e no Centro-Oeste do Brasil, a agricultura mecanizada da soja, amendoim e girassol, por exemplo, podem ser boas alternativas segundo Parente. "De acordo com estudos do National Biodiesel Board dos Estados Unidos, nosso País tem capacidade para produzir 60% do óleo para atender o consumo mundial", afirma.

Nova era

"Já passamos pela era do fogo, da lenha, do carvão e do petróleo. Agora estamos começando a entrar na era da energia solar", defende. Para ele, sol será a próxima fonte de energia, de forma direta ou indireta. "Os biocombustíveis vêm da energia solar que incide sobre as plantas. Elas crescem e geram frutos, ou seja, biomassa", ensina. A fonte é inesgotável e também pode criar eletricidade, uma forma de fácil transporte, nenhuma emissão de resíduos e alta eficiência.

Entusiasmado com a energia elétrica gerada pelo sol, Expedito fala orgulhoso de seu novo meio de transporte. "Ganhei um carro totalmente movido por energia solar. Eu mesmo irei fazer o abastecimento na minha garagem e acredito que, no futuro, todos poderão fazer o mesmo", diz.

O 4º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel prossegue até o próximo sábado (7), reunindo comunidade acadêmica, empresários e produtores para discutir e refletir sobre os desafios e as possibilidades da agroenergia.

in Sebraeminas

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Energia solar em edifícios

Sabemos que mais de 85 por cento da energia que Portugal consome é importada e de origem fóssil. O petróleo é a principal fonte de energia importada e, em 2004, a factura petrolífera nacional atingiu os 4,5 mil milhões de euros. Mais, segundo os especialistas, sabemos ainda que, por cada 10 dólares de aumento do preço do barril do petróleo e mantendo os níveis de consumo, a factura energética de Portugal aumenta cerca de um milhão de euros.

Para além dos evidentes reflexos económicos desta situação, não podemos ainda esquecer as respectivas implicações na crescente má prestação do país em matéria de emissões de gases com efeito de estufa, sendo de esperar que também este facto se traduzirá num novo esforço financeiro para o país e todos os consumidores de energia. E, no entanto, esta dependência e impactos podiam ser atenuados caso Portugal utilizasse um recurso que muitas vezes é agitado como uma das suas marcas característica: o Sol ou, na vertente que nos interessa, a energia solar (só por curiosidade, o lema da campanha de promoção do Algarve, enquanto destino turístico, lançada pela Região de Turismo do Algarve, é “Encha-se de Energia”!).

Se tivermos em conta que os portugueses usam em aquecimento de água sanitária (duches, banhos, cozinha, etc.) mais de 20 por cento da energia que utilizam em suas casas, ou seja, aproximadamente 4 por cento da energia primária consumida no nosso país, e que este tipo de aplicação é o que revela maior potencial imediato para a utilização da energia solar, a importância do aumento da contribuição desta fonte de energia para a satisfação daquela necessidade fica demonstrado. Neste contexto, revêm-se as mais recentes iniciativas desenvolvidas e propõem-se algumas linhas de acção no curto prazo.

Em 2001, no âmbito do programa E4 – Eficiência Energética e Energias Endógenas – , foi lançado o Programa “Agua Quente Solar para Portugal” que previa a instalação, até 2010, de um milhão de metros quadrados de colectores solares. Os resultados alcançados até à data estão ainda muito distantes daquele objectivo, apesar das várias iniciativas e projectos realizados.

Assim, de acordo com os resultados do último inquérito realizado pelo Observatório para o Solar Térmico, com vista a determinar a área instalada no nosso país em 2004, foi possível apurar a instalação de 16 088 m2 de colectores solares, dos quais 44% em pequenos sistemas domésticos e o restante em grandes sistemas. A maior parte das empresas do sector registou um aumento de vendas em relação a 2003, bem como um incremento significativo do número de solicitações de clientes. Em relação a 2005, os fabricantes e distribuidores (alvos do inquérito) mostravam optimismo no crescimento do mercado, traduzido no aumento significativo das solicitações de clientes entretanto registado no 1º trimestre do ano.

Convém, no entanto, reflectir sobre alguns dos resultados alcançados pelo Programa “Agua Quente Solar para Portugal” lançado em Novembro de 2001, confirmado como prioridade na Resolução do Conselho de Ministros nº 63/2003, de 28 de Abril e, mais recentemente, afirmado o interesse na sua reactivação, através da Resolução do Conselho de Ministros de 29 de Setembro de 2005 que aprovou a Estratégia Nacional para a Energia.

Para operacionalizar o Programa “Agua Quente Solar para Portugal”, em 2002, a DGGE lançou uma Iniciativa Pública (IP) com a duração de 2 anos (Maio de 2002 a Abril de 2004), cuja execução foi confiada à ADENE, ao INETI, à SPES e à APISOLAR, sob coordenação geral da DGGE. O objectivo específico era contribuir para a criação de um mercado sustentável de colectores solares para o aquecimento de água, com ênfase na vertente "Garantia da Qualidade".

Na sequência de diversas acções de promoção (campanha “grande público” nos media, realização de eventos, edição de material informativo e criação de um website), de formação dos profissionais do sector e de organização do mercado é hoje possível dispor de informação credível sobre o sector em Portugal, bem como de instrumentos de credibilização do mercado nacional de oferta de serviços e equipamentos. Toda a informação sobre a IP pode ser encontrada no sítio www.aguaquentesolar.com mas destaca-se o sucesso verificado na implementação de esquemas nacionais de certificação de produtos e de instaladores e na disponibilização de informação aos potenciais utilizadores. O trabalho realizado nestas duas áreas contribuiu certamente para ajudar a ultrapassar algumas das barreiras ao desenvolvimento da energia solar no nosso país.

No entanto, podemos afirmar que ainda estamos numa fase de (re)arranque do mercado em Portugal e que só a continuidade da intervenção e a concentração ou reforço de recursos em acções específicas permitirá vir a alcançar os objectivos desejados. Para além do reforço de um sistema de acompanhamento da evolução do mercado (eventualmente, traduzido na manutenção do Observatório para a Energia Solar criado no âmbito da IP), propõem-se três eixos de acção centrados nos três principais actores deste mercado: os municípios, as empresas e o cidadão.

• Colectores Solares em Infra-estruturas Municipais:

Reconhecendo o papel das autarquias na demonstração e disseminação da utilização da energia solar, bem como na mobilização de outros actores locais e na consciencialização dos próprios munícipes, importa orientar e coordenar as intervenções previstas nesta área por forma a promover a realização de uma grande iniciativa dinamizadora do mercado. Devidamente integrado num plano nacional de promoção da eficiência energética nas autarquias e concertado com as intervenções das agências regionais e municipais de energia, como é o caso da Agência Municipal de Energia de Sintra, este eixo de acção permite quantificar o potencial deste “nicho” de mercado (equipamentos desportivos, culturais e de lazer, escolas e outros edifícios municipais), promover a reabilitação de instalações existentes com problemas de funcionamento, incentivar a realização de novos projectos e divulgar as boas práticas e casos de sucesso. Para além da definição de estratégias e metas municipais, a elaboração de cadernos de encargos tipo, o planeamento das aquisições de equipamentos e o lançamento de compras agrupadas seriam questões cruciais para o sucesso deste eixo de acção.

• Novas Estratégias das Empresas do Sector:

A prevista obrigatoriedade do recurso a sistemas de colectores solares térmicos para a produção de AQS nos edifícios abrangidos pelo RCCTE conduzirá a uma “explosão” da procura daquele tipo de equipamentos. Apesar das etapas já percorridas para credibilizar o sector, através da certificação de produtos e instaladores, poderão surgir problemas na correcta satisfação das necessidades de um mercado em aceleração. Nesse desafio estará novamente em questão a capacidade dos actores do lado da oferta garantirem níveis de qualidade, nomeadamente na instalação, que não conduzam a nova descredibilização da tecnologia. Neste contexto, assumirá um campo vasto de oportunidades a integração de empresas fabricantes e instaladoras em empresas do sector da construção, a participação destas nas primeiras ou o estabelecimento de acordos de colaboração, como forma de controlar a agressividade competitiva baseada em custos forçosamente mais baixos dos equipamentos e da respectiva instalação, que não comprometam a qualidade final dos sistemas instalados. Assim, importa desenvolver acções de informação e formação junto de projectistas, arquitectos, promotores e construtores de forma a garantir o necessário ajustamento e capacidade de resposta do sector face a um previsível ritmo acelerado de crescimento. Também neste eixo de acção deverão ser retomadas questões que enfrentam barreiras no mercado nacional como os serviços de venda de água quente e a garantia de qualidade das instalações.

• Sistemas Solares no Sector Doméstico:

Infelizmente os custos proibitivos de campanhas de informação e sensibilização nacionais dirigidas ao grande público obrigam a repensar a estratégia de abordagem deste segmento do mercado. Por outro lado, a inexistência de incentivos financeiros para os particulares e os actuais sistemas de incentivos fiscais são importantes barreiras ao desenvolvimento do mercado dos pequenos sistemas domésticos. Neste contexto será mais adequado implementar uma estratégia de proximidade, explorando os recursos das agências regionais e municipais de energia e atribuindo a estas organizações uma missão de “ponto de informação e aconselhamento” em matéria de energia solar. Paralelamente, importa conceber e implementar “novas” políticas e mecanismos de apoio que efectivamente fomentem a utilização de colectores solares, nomeadamente linhas de crédito e fundos financeiros para o financiamento de investimentos em energia solar. A atractividade destes investimentos será reforçada pelos preços crescentes do gás e da electricidade, bem como pela maior consciencialização do público para os grandes desafios ambientais, o que deverá ser igualmente amplamente explorado neste eixo de acção.

Concluímos sublinhando a nossa convicção que uma estruturada aposta política virada para a utilização de sistemas solares agregado à sensibilização para a utilização racional de energia e de energias renováveis, assegurará a credibilidade das autarquias no que se refere à gestão do ambiente e à garantia de políticas enquadradas numa cada vez maior prioridade do País de procurar e definir soluções que reduzam a dependência energética do exterior.

Crónica de Luís Fernandes in Alvor da Serra

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quinta-feira, 5 de julho de 2007

Carro solar recebe elogios do Greenpeace

O "jeepney verde", que não emite gases poluentes, começou esta manhã a ser testado no município de Makati, o principal distrito financeiro da região metropolitana de Manila.

A invenção demonstra como as cidades podem ajudar a combater a mudança climática, disse em comunicado o diretor de Campanhas do Greenpeace no Sudeste Asiático, Von Hernández, agradecendo à Prefeitura de Makati pela iniciativa.

Hernández lembrou que o grupo apóia todas as inovações técnicas para combater o excesso de poluição. O "jeepney" elétrico, disse, é uma solução "simples mas eficaz" para aliviar as ruas e melhorar a qualidade do ar na capital filipina, onde vivem 12 milhões de pessoas.

Se os testes forem satisfatórios, um consórcio de empresas privadas e públicas, liderado pela companhia de energia solar Solarco, que tem participação do Greenpeace, vai promover o uso do veículo em outras cidades das Filipinas.

O "jeepney" é o meio de transporte mais popular do país, mas também um dos mais poluentes do mundo. Ele foi criado há mais de 60 anos, após a Segunda Guerra Mundial, a partir de jipes militares deixados pelos soldados dos Estados Unidos, reforçados com chapas de alumínio.

in Último Segundo

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Uma cozinha solar

Face ao exponencial aumento de consumos de energia derivada da queima de combustíveis fósseis e aos problemas ambientais locais e globais associados urge que a actividade de exploração nas unidades fabris e a vida quotidiana de cada ser humano se paute por práticas de boa eficiência na utilização dos recursos naturais, incluindo os energéticos, de modo a manter boas condições de equilíbrio na natureza para vida dos dias de hoje e de amanhã no que respeita às gerações vindouras.

As cozinhas solares conhecidas há muitas décadas, mas utilizadas por um número restrito de pessoas, assumem-se sem sombra de dúvida como um pilar importante que urge dar importância quebrando o cepticismo a elas associado através da demonstração efectiva do seu potencial de utilização em vários contextos, tanto no dia à dia na casa de cada família bem como nas cantinas das escolas, das fábricas, dos lares de idosos, de instituições diversas, bem como na restauração, piqueniques, etc.

As cozinhas solares permitem cozinhar alimentos com calor resultante do aproveitamento da energia solar. Os modelos mais comuns e mais simples não tiram partido da acumulação de calor, isto é, apenas permitem cozinhar os alimentos nas horas em que há sol. Estes modelos são normalmente classificados em cozinhas do tipo painel, tipo caixa ou tipo parabólico.

Podem ser confeccionados vários pratos lentamente ou tão rapidamente como no fogão a gás ou eléctrico, sendo possível cozinhar todos os tipos de ementas com cozinhas solares desde que se disponha do equipamento com tipologia adequada. Qualquer um dos tipos de cozinhas solares pode ser utilizado no dia-a-dia de uma forma regular na casa de cada um de nós desde que exista espaço disponível com incidência da radiação solar para a sua colocação.

As cozinhas solares também podem ser utilizadas em piqueniques, mesmo em lugares onde não é recomendável ou onde é proibido fazer fogo, embora neste caso as cozinhas solares do tipo parabólico com elevada potência não devam ser utilizadas devido ao risco de incêndio associado a descuidos na sua utilização.

Em países subdesenvolvidos a lenha é actualmente o principal recurso porque as populações não têm acesso ao gás e nem à electricidade. Nestas regiões estão já a surgir graves problemas de desflorestação sendo necessário dia após dia percorrer distâncias maiores em busca de mais feixes de lenha. É pois óbvio que neste contexto as cozinhas solares constituem uma interessante alternativa do ponto de vista ambiental e também humanitário. Também nos campos de refugiados a utilização de "kits" de cozinhas solares mais básicas é visto como uma solução que ajuda a resolver muitos problemas porque por vezes a comida chega aos refugiados mas não chegam os meios de a confeccionar.

Em termos gerais as cozinhas solares constituem uma interessante via para a sensibilização dos cidadãos relativamente às diferentes aplicações das energias renováveis que nas últimas décadas se têm desenvolvido, mas ainda com muito potencial de utilização por explorar em termos práticos.

Para saber mais sobre "Cozinha Solar" visite, www.solarcooking.org.

in Jornal Online da Universidade de Évora

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Freiburg na vanguarda da energia solar

Com aproximadamente 200 mil habitantes, Freiburg se localiza ao sul da Alemanha e sedia a maior feira de energia solar do mundo, a Intersolar.

A origem da cidade solar de Freiburg é muito interessante: debates sobre a construção de uma usina nuclear na região, ainda na década de 70, contribuíram profundamente para transformar a política energética da comunidade. Em meados de 1980, a cidade já era pioneira na Alemanha ao criar um planejamento energético urbano com um horizonte de 10 anos, em parceria com a concessionária de energia local.

Ênfase foi dada na utilização de energias renováveis e na eficiência energética. Em 1996, o conselho da cidade adotou um plano de proteção do clima global passando inserir os aspectos ecológicos no desenvolvimento da comunidade.

De acordo com este plano de proteção do clima, a energia solar térmica poderia contribuir tanto quanto as outras fontes renováveis de energia, evitando a emissão de mais de 160.000 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. Para incentivar o uso da energia solar térmica, um plano com 15 recomendações foi elaborado e implantado pelo conselho da cidade.

O conselho da cidade e a companhia de energia de Freiburg são juntos responsáveis pela implementação do programa municipal de energia solar. Os consumidores estão próximos da companhia de energia e o conselho da cidade pode agir junto ao setor de habitação e na tomada de decisões políticas.

A companhia de energia elétrica incentiva à instalação de sistemas de aquecimento solar na cidade desde que os sistemas sejam certificados. Um aporte financeiro de 230 Euros/m² é oferecido aos consumidores. O programa de divulgação é financiado por um aumento de 0,3 cent/kWh nas contas de energia.

Além disto, a companhia de energia elétrica e o conselho da cidade organizam campanhas ativas de divulgação publicando brochuras e jornais sobre o tema e fornecem serviço de consultoria gratuito aos consumidores que desejem utilizar a tecnologia solar.

O exemplo de Freiburg é muito importante, pois evidencia caminhos de sucesso para a consolidação de políticas energéticas nas cidades:
• é fruto de uma mobilização política da sociedade contra a utilização da energia nuclear; em outros casos poderá ser contra a utilização maciça de combustíveis fósseis ou a construção de grandes usinas hidrelétricas, por exemplo.
• se consolidou através de uma parceria inteligente entre a companhia de energia local, os tomadores de decisão e os cidadãos;
• prova que a energia solar térmica complementa e contribui no aspecto energético e ambiental, tanto quanto as outras fontes de energias renováveis.

in EcoAgência Solidária

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A. Silva Matos aposta em energias renováveis

Prestes a fazer 27 anos dedicados à metalomecânica, o salto para o sector energético era "inevitável, lógico e estratégico" para a sobrevivência da A.Silva Matos no médio prazo. As palavras são do fundador, Adelino Silva Matos, que em entrevista ao Jornal de Negócios (JdN) afirma que este "é o momento de viragem dos destinos do grupo".

Adelino Silva Matos revela que "o futuro passa, sobretudo, pela energia, sector que em três anos deverá ser responsável por cerca de 70% do volume de negócios, embora sem perder nunca a vocação original da metalomecânica".

Já presente na produção de torres metálicas para parques eólicos em Portugal, a empresa vai agora alargar esta actividade ao Leste e entrar na produção de energia eólica em vários países europeus. Em paralelo, a A.Silva Matos desenvolveu um protótipo de hidrogénio e está a trabalhar como fornecedor de equipamentos de produção de electricidade a partir das ondas e a estudar oportunidades nos mercados da biomassa e biocombustíveis.

in Jornal de Negócios

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EDP investe no sol

A EDP-Energias de Portugal tem em pipeline investimentos para produção de energia solar térmica com capacidade de 150 mega watts (MW), em Portugal e Espanha, anunciou o Chief Executive Officer (CEO) da eléctrica nacional,António Mexia, citado pela Reuters.

Actualmente, a EDP participa em projectos solar-térmicos em Espanha com capacidade de 50 MW e tem 12 MW de fotovoltaico em Portugal.

"Temos em pipeline mais 150 MW de solar-térmico, em Espanha e Portugal. Estamos a detectar oportunidades, estão a ser preparados modelos de negócio", disse António Mexia aos jornalistas.

O CEO referiu que, com a futura internalização dos custos do CO2, o custo do MW eólico - com 2.500 horas de 'load factor' e o CO2 a 25 euros a tonelada - já "é mais barato do que o carvão".

A EDP, com a recente compra da americana eólica Horizon, ascendeu ao quatro lugar mundial de produção de electricidade através de energia eólica.

"Sou um defensor do preço do CO2, é preciso hoje dar mais visibilidade e profundidade ao CO2", afirmou, lembrando que a era de energia barata, por não incorporar todos os custos que devia como o de CO2, já está ultrapassada.

O responsável xplicou que, nos próximos anos, a introdução do custo do CO2 pode aumentar substancialmente o preço da energia.

in Diário Económico

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terça-feira, 3 de julho de 2007

Alemanha mantém metas ambiciosas

O governo alemão mantém o objectivo de reduzir em 40% as emissões de dióxido de carbono causadoras do aquecimento global até 2020 (em comparação com os níveis de 1990), apesar das críticas da indústria energética, afirmou hoje, em Berlim, a chanceler Angela Merkel.

«A protecção climática é o desafio mais importante do Século XXI», disse a chefe do executivo no final da 3.ª Cimeira Energética, em que participaram vários ministros do governo federal (ambiente, economia, investigação e negócios estrangeiros), representantes dos grandes fornecedores de energia e organizações ambientalistas.

A dirigente democrata-cristã reconheceu, no entanto, que a indústria alemã receia que os objectivos traçados sejam demasiado ambiciosos.

Para tentar atenuar as divergências, será iniciado em 2010 um fórum anual de diálogo entre o governo e o sector privado, que terá por missão reavaliar as metas estabelecidas.

A maioria dos observadores lembrou que a data de 2010 não é inocente, porque a data está para lá das legislativas alemãs a realizar dentro de dois anos, e é sabido que os partidos da coligação governamental estão divididos no que se refere ao prosseguimento da utilização da energia nuclear.

Os democratas-cristãos (CDU/CSU) pretendem rever o acordo celebrado em 2001 pelo anterior governo SPD/Verdes com a indústria do ramo para o encerramento das 19 centrais nucleares alemãs (duas já foram fechadas) num prazo de 20 anos, e continuar a utilizar as centrais atómicas, mas tiveram de aceitar um programa de governo com os sociais-democratas (SPD) que preserva este compromisso.

A CDU/CSU considera que não é possível renunciar tão rapidamente a uma «energia limpa» como a energia nuclear, que perfaz 27% do total do chamado «bolo energético» alemão (dois terços da energia disponível são de proveniência fóssil, como o carvão, o petróleo e o gás, e apenas 12% energias renováveis, como a energia solar e aeólica), e simultaneamente cumprir as metas de redução dos chamados gases de estufa que contribuem para as alterações climáticas.

Por sua vez, o SPD aponta para os riscos da energia nuclear, em caso de avaria nas centrais alemãs, apesar de estas serem consideradas das mais modernas e seguras do mundo.

Um incêndio que obrigou a desligar temporariamente duas centrais nucleares, na semana passada, no norte do país (Schleswig-Holstein), veio reavivar este debate, e dar mais alguns trunfos aos críticos da energia nuclear.

A indústria energética, por sua vez, acusou o governo de coligação, antes da Cimeira realizada hoje em Berlim, de «atribuir demasiada importância» à protecção climática, em detrimento da garantia de fornecimento de energia e da capacidade competitiva das empresas do sector.

Angela Merkel reafirmou, no entanto, que a decisão de encerrar gradualmente as centrais nucleares será mantida durante a actual legislatura, até 2009, apesar de a chanceler e os conservadores serem contra a solução adoptada pelo governo anterior.

As cimeiras energéticas destinam-se a estabelecer um plano de abastecimento até 2020, que deverá ser apresentado pelo ministro da economia, Michal Glos (pró-energia nuclear) e pelo ministro do ambiente, Sigmar Gabriel (anti-energia nuclear), nos próximos meses.

Segundo Sigmar Gabriel, o objectivo do governo é aprovar os seus planos energéticos antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a realizar em Dezembro, em Bali (Indonésia).

Na primeira Cimeira Energética, em Abril de 2006, os fornecedores de energia comprometeram-se a investir 30 mil milhões de euros na ampliação das suas redes e centrais de abastecimento, até 2012.

Na segunda cimeira, em Outubro de 2006, foi traçado o objectivo de duplicar a eficiência energética na Alemanha até 2020, tomando por base os níveis de 1990.

in Diário Digital

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Carro ecológico testado nas Filipinas

O município de Makati, na região metropolitana de Manila, começará esta semana a testar o primeiro "jeepney" ecológico, uma nova versão elétrica do tradicional veículo filipino, que será alimentada a energia solar e da combustão de resíduos orgânicos.

Os "jeepneys" elétricos, que não emitem gases poluentes, farão seus primeiros percursos pelo distrito financeiro, segundo o vice-prefeito de Makati, Jejomar Binay, informou hoje a televisão filipina ABS-CBN.

Se os testes forem satisfatórios, um consórcio de empresas privadas e públicas liderada pela companhia de energia solar Solarco, apoiada pela organização ambientalista Greenpeace, vai promover o seu uso em outros municípios das Filipinas. "Poderia ser o começo de cidades filipinas mais limpas", acrescentou Binay.

O "jeepney" é o meio de transporte mais popular em todo o país, mas também um dos mais poluentes do mundo. Ele surgiu há mais de 60 anos, nas cidades destruídas pela Segunda Guerra Mundial. Os filipinos aproveitaram restos dos jipes dos soldados americanos, que reforçaram com chapas de alumínio.

"Tunados" com cores berrantes e enfeites que fizeram deles também uma atração turística, os mais de 63 mil que circulam pelas ruas da capital contribuem para sufocar a população com o diesel de baixa qualidade que ainda utilizam.

in Terra

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Casas com energia solar em São Paulo

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou projeto de lei que incorpora ao código de obras do município (lei número 11.228/1982) a obrigação da instalação de aquecimento solar em várias tipologias de edificação: residências, apartamentos, comércio, serviços e indústria.
O projeto aprovado foi enviado à Câmara pelo prefeito Gilberto Kassab e foi incorporado como substitutivo a um projeto que já tramitava na Câmara. O prefeito tem agora 15 dias para sancionar a lei, que entrará em vigor a partir da data de sua publicação.
A nova lei obriga a instalação de aquecimento solar em residências unifamiliares e em apartamentos com 4 banheiros ou mais. Residências unifamiliares ou apartamentos com até 3 banheiros precisam ser preparadas pelos empreendedores para a instalação futura dos aquecedores solares, isto é, deverão contar com instalações hidráulicas que permitam a instalação do reservatório térmico e das placas coletoras de energia solar.
Além das novas edificações residenciais, também são obrigados a terem aquecedores solares instalados as novas edificações construídas na cidade para a instalações de atividades de comércio e serviços como hotéis, motéis e similares, clubes esportivos, casas de banho e sauna, academias de ginástica e lutas marciais, escolas de esportes, estabelecimentos de locação de quadras esportivas, clínicas de estética, institutos de beleza, cabeleireiros e similares, hospitais, unidades de saúde com leitos, casas de repouso, escolas, creches, abrigos, asilos e albergues, quartéis e lavanderias industriais, de prestação de serviço ou coletivas, em edificações de qualquer uso, que utilizem em seu processo água aquecida.
Novas edificações industriais também são obrigadas a terem aquecedores solares instalados, se a atividade específica demandar água aquecida no processo de industrialização ou, ainda, quando disponibilizar vestiários para seus funcionários.
“A aprovação culmina um processo de discussão de mais de dois anos entre a sociedade civil e a Prefeitura Municipal de São Paulo, e é uma grande vitória para a energia renovável, descentralizada e sustentável”, comentou Délcio Rodrigues, pesquisador associado ao Vitae Civilis e coordenador da Iniciativa Cidades Solares.
“A nova lei representa um grande desafio para todos aqueles preocupados com a preservação do clima do Planeta e a Iniciativa Cidades Solares está pronta para colaborar com a Prefeitura e com as construtoras criando cursos para arquitetos e projetistas visando a aplicação da lei com a mais alta qualificação técnica”, comentou Carlos Faria, diretor executivo da associação de fabricantes de equipamentos solares DASOL Abrava e também coordenador da Iniciativa Cidades Solares.
“Gastamos no Brasil aproximadamente 8% de toda a eletricidade gerada para aquecimento de água no setor residencial. Os chuveiros instalados no Brasil são responsáveis por mais de 20% do pico de demanda do sistema elétrico. A lei de São Paulo, e a replicação que esperamos desta, certamente contribuirá para aliviar a pressão pela construção de novas usinas”, comentou Rodrigues. ”O aquecimento solar finalmente começa a contribuir com a preservação da biodiversidade e do clima do Planeta”, finalizou Rodrigues.

in Portal do Meio Ambiente

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Consumo de combustíveis diminui

Os portugueses continuam a comprar menos combustíveis, mas a queda no consumo está a abrandar, sobretudo no gasóleo, revelam os dados hoje publicados pela Direcção Geral de Energia e Geologia.

Nas estatísticas rápidas sobre petróleo, gás natural e carvão, referente a Abril, a DGGE refere que o consumo dos principais combustíveis no período de 12 meses terminado em Abril de 2007, quando comparado com o do ano móvel homólogo anterior, registou um decréscimo de 7%, sendo que o consumo de gás natural diminuiu 3,2%, o consumo do carvão decresceu 5,7% e o consumo dos produtos derivados do petróleo baixou 8,7%.

O consumo de combustíveis rodoviários desceu 3,2% nos 12 meses terminados em Abril, com a DGGE a assinalar que o ritmo de decréscimo é o menor dos últimos meses.

Até Março o consumo tinha descido 3,8% e até Fevereiro a queda era mais intensa (4%). Em Dezembro e Janeiro as descidas foram também superiores a 4%, pelo que o segundo trimestre deste ano está a ser marcado por uma recuperação no consumo, apesar dos preços dos combustíveis continuar a subir, devido à valorização do preço do petróleo nos mercados internacionais.

A DGGE salienta que o abrandamento na queda nota-se sobretudo no gasóleo, cujo consumo baixou 1,9%.

O consumo das gasolinas manteve uma descida maior ( 6,6% ), igual à referida o mês passado, sendo que a maior quebra ( 80% ) se verificou na gasolina aditivada, enquanto que os consumos das gasolinas sem chumbo 95 e 98 decresceram, respectivamente, 2,1% e 23%.

"Ainda no que concerne ao consumo dos gasóleos, para além da diminuição do consumo do gasóleo rodoviário (-1,9% ), houve neste período um decréscimo de 8,7% no consumo do gasóleo colorido destinado a aquecimento e uma baixa de 1,7% no gasóleo colorido não destinado a aquecimento", refere o relatório da DGGE.

As vendas de fuelóleo para o mercado interno mantêm um decréscimo acentuado, de 30,8%, sendo que a principal razão, "como se tem referido, seja a menor utilização deste combustível na produção de energia eléctrica (-60,7%)"

"A produção de energia eléctrica a partir das fontes de energia renováveis, e em especial da sua componente hídrica, tem vindo a crescer, facto que também explica, no período em análise, o menor consumo de gás natural e do carvão com esta finalidade em, respectivamente, 12% e 7%", adianta a mesma fonte.

in Jornal de Negócios

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Martinfer compra parque

A Martifer, através da Eviva – Energias Renovables, subsidiária espanhola da empresa liderada por Carlos Martins para a área de geração de electricidade, adquiriu um parque solar em Espanha por uma soma que ascende aos 14 milhões de euros.

Em comunicado, a Martifer afirma que no dia 28 de Junho comprou "um parque solar na região da Andaluzia, em Espanha, com capacidade instalada de 1.9MW".

Esta aquisição representa um investimento de 14 milhões de euros e "trata-se do primeiro investimento realizado pela Eviva na área de produção de energia de origem solar, iniciando assim o seu plano de negócios nesta área".

De acordo com a Martifer, esta unidade deverá iniciar a sua actividade no segundo semestre de 2008.

"O Grupo Martifer vai apostar na produção de energia eléctrica através do desenvolvimento de parques eólicos, energia solar e mini-hídricas. Os mercados onde a Martifer irá actuar são aqueles onde a empresa já está presente com especial ênfase na Península Ibérica, França, Polónia, Roménia, Eslováquia, Ucrânia e EUA", dizia a empresa no prospecto de admissão das acções em bolsa.

Na geração de electricidade, através de energia eólica, hídrica, solar e das ondas, a Martifer pretende investir 757 milhões de euros até 2010.

Em equipamentos para energia solar, a Martifer planeia investir aproximadamente 62 milhões de euros até 2009 em três unidades de fabrico: módulos fotovoltaicos (início em 2008), células fotovoltaicas (início em 2009) e bolachas de silício (início em 2010). Em 2009 a Martifer deverá conseguir produzir 30 MW de módulos fotovoltaicos.

Na sessão de hoje, os títulos da Martifer seguem a desvalorizar 1,35% para 10,21 euros, tendo recuado um máximo de 2,8% na sessão de hoje.

A Martifer estreou-se na bolsa na passada quarta-feira. Os títulos do aumento de capital foram alienados na oferta pública de subscrição (OPS) a 8 euros, cada.

Esta operação gerou um encaixe de 199 milhões de euros para a Martifer, montante destinado pela empresa para a expansão nas energias renováveis.

in Jornal de Negócios

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Entrevista ao pai do biodiesel

Segundo o engenheiro químico Expedito Parente, pesquisador que concebeu o biodiesel há 30 anos, o sol será a principal fonte energética do futuro.

CarbonoBrasil - Como o senhor avalia o processo de implantação do biodiesel atualmente no Brasil?

Expedito Parente - Em todo mundo existem condições para a produção de biodiesel, mas o Brasil é um país que potencialmente deverá ser o maior produtor do mundo. Nós vamos liderar com certeza essa produção.
Nessa questão, o que eu considero oportuno é se perguntar: quanto custa não produzir o biodiesel? Essa resposta é diferente em relação a cada lugar que se considera. Tem um número para cada estado ou país. Mas é uma resposta extremamente importante para orientar políticas públicas em relação ao incentivo da produção do biodiesel, e serve para orientar quanto publicamente o governo pode investir para produzir o biodiesel.
Essa conta tem que levar em conta uma série de fatores – sociais, de combate a miséria, geração de renda no campo; ecológicos e ambientais. Também a questão do efeito estufa; a fuligem nas grandes cidades, que causa tuberculose; o enxofre, que é cancerígeno. Ainda tem que se avaliar os impactos econômicos, da geração de riqueza na região e os impactos estratégicos – ou seja, uma preparação para era pós-petróleo. Energia é uma coisa muito grande e não se faz um programa energético do dia para noite, isso tem uma inércia muito grande.

Qual o principal objetivo do biodiesel?

O biodiesel tem várias missões. A primeira é resolver o problema global do efeito estufa; a segunda é limpar a atmosfera de fuligem e enxofre, etc; a terceira missão é a inclusão social e a geração de renda no campo, exterminação da miséria no campo. Porque a fome no campo acontece em todo o mundo, não é só no Nordeste. É um problema que atinge a África, os países ibero-americanos, a Ásia... as pessoas estão no campo para produzir alimentos e passam fome, isso é um paradoxo muito grande.
Outra missão é estratégica, de minimizar a transição da era do petróleo para a era que podemos chamar de ‘solar’ – e que possui duas vertentes: a indireta – utiliza-se do sol para a agricultura e, conseqüentemente para produzir biocombustível. A direta produz energia a partir do sol, com uso de células fotovoltaicas.

Então o caminho são as tecnologias solares?

Sim, e essa energia solar direta é somativa. Você pode tê-la em casa, em um condomínio ou numa empresa, vai sempre somando, não tem competição. E, por outro lado, essa energia tem um transporte muito fácil, além de poder ser usada no local. Porque, enquanto você transporta petróleo em caminhões, gastando pneus e soltando gases na atmosfera, a energia elétrica é transportada por cabos - um transporte muito mais limpo. Digo isso com visão concreta. Há trinta anos eu era visto como doido por criar o biodiesel. E hoje digo uma coisa que as pessoas também não acreditam: daqui a 30 anos vamos enviar energia elétrica solar daqui para Europa por cabos submarinos. Isso vai acontecer sem dúvida.
A energia elétrica não pesa (uma pilha carregada ou descarregada tem o mesmo peso). Então, no dia em que a gente tiver uma bateriazinha que possa armazenar grande quantidade de energia, a gente poderá levar no bolso como um celular. E nós estamos sendo ensinados para isso. Um exemplo é aquele cartão que se usa nos hotéis para acender as luzes. Algum dia a gente vai ligar o nosso “celular energético” no carro elétrico e fazer ele andar, sem precisar mais ir ao posto.

E qual a possibilidade de se armazenar uma quantidade tão grande de energia em um espaço tão pequeno?

Eu trabalhei, como estagiário, no primeiro computador que o Brasil usou para fazer o senso do IGBE, no Rio de Janeiro. A memória desse computador ocupava uma sala inteira e a compra desse equipamento foi um negócio tão sério que o ministro responsável pediu demissão. Naquela época, era complicado fazer programa de computador, eu precisei fazer um curso de seis meses para começar a cheirar o programa – eu era auxiliar de auxiliar de programador. Hoje, você tem esses pen cards, do tamanho de uma unha, com capacidade de 5 Gigas. Imagina se o mesmo avanço que tivemos para o armazenamento de informação ocorrer com a energia. Isso vai possibilitar que se tenha o “celular energético”. Isso é uma certeza que eu tenho absoluta de que vai acontecer.
E, enquanto isso não acontece, as coisas vão avançando.

E quanto aos custos?

E o preço dessa tecnologia de se transformar a energia solar em eletricidade também está caindo muito. Com certeza esse custo vai chegar a um ponto semelhante ao da informática: hoje você compra um notebook nos Estados Unidos por 400 dólares. Antigamente o preço era em torno de 10 mil dólares, antes ainda, era 30 mil dólares.
Então vai estar viabilizado e ao alcance de todo mundo produzir sua própria energia.

O biodiesel então vai abrir o caminho para essa era solar?

O biodiesel vai ser um coadjuvante, vai facilitar essa mudança, vai ser um complemento dessa passagem. É uma solução imediata enquanto isso avança; mas mesmo quando as novas tecnologias avançarem, nunca se terá uma saída total. Todo ciclo de energia foi assim. Começou-se com a lenha, depois veio o carvão mineral; mas, mesmo usando carvão, a lenha continuou a ser usada. Então chegou o petróleo, e o carvão continuou a ser empregado. Há sempre uma predominância. A energia elétrica solar vai predominar, mas existirão outras formas, como a eólica e outras energias provenientes da biomassa, etc.

Por que justamente a energia solar será a predominante?

Porque é uma energia limpa, de uma fonte inesgotável - o Sol, e de muita qualidade. Um motor diesel tem 30% de eficiência energética enquanto um motor elétrico supera 95%. Outra vantagem é que o motor elétrico não faz barulho e não emite gases, nem calor. Um motor de combustão, à gasolina ou a diesel, é barulhento, esquenta e emite gases.
Todo o transporte de energia elétrica é limpo, super eficiente e não precisa de motorista.


As pesquisas para desenvolver tecnologia solar no Brasil estão avançadas?

Estão sim, aliás, o mundo todo está atrás disso. O homem é muito maleável. Nós vamos entrar numa economia de guerra. Os grandes avanços tecnológicos se deram nas guerras. E nós vamos enfrentar uma guerra agora contra a poluição e contra a escassez de energia. Eu tenho percebido claramente isso nas minhas idas aos Estados Unidos em virtude do convênio com a Boeing e com a Nasa. Nós temos conversado e eu vejo que é guerra e que vai todo mundo atrás. Tem gente trabalhando horas e mais horas atrás disso.

E, falando no convênio que o senhor firmou recentemente com a Boeing, como surgiu o bioquerosene?

A história é a seguinte: na época em que eu concebi o biodiesel, eu precisava testar. Eu mesmo testei preliminarmente, mas não sou especialista nisso, minha especialidade é Engenharia Química, é indústria. Então eu procurei uma instituição que pudesse assinar embaixo e dar certificados. Eu já tinha certeza que iria dar certo porque rodei 250 mil quilômetros numa caminhonete e o motor respondeu muito bem. Então, eu procurei o Ministério da Aeronáutica. O ministro da época militar foi muito frio e disse que não tinha interesse em diesel, mas sim no querosene para aviação. Eu percebi que se não assumisse algum compromisso com o querosene, eu iria perder o bonde. Então eu disse ao ministro que faria o bioquerosene. Daí eu me comprometi, assinei um calhamaço de papel, empenhei até meu anjo da guarda naqueles documentos.
O bioquerosene é um subproduto de biodiesel produzido de determinadas oleaginosas. E foi feito. Até andou mais rápido que o biodiesel. O primeiro vôo foi em 23 de outubro de 1984, num evento em comemoração ao dia do aviador.

E por que levou tanto tempo para o bioquerosene ressurgir?

Naquela época isso era um combustível secreto, de uso militar. Foi considerado um projeto de segurança nacional. Não poderia ser divulgado, por isso que assinei todo aquele compromisso quando me propus a desenvolver. Naquele tempo, eu não podia nem viajar sem informar para onde iria, fiquei sendo vigiado em torno da minha casa e tudo mais.

E agora o senhor resolveu divulgar, então?

É, depois daquilo, o governo não mostrou interesse em continuar o projeto e eu acabei concentrando minha atenção no biodiesel para não misturar as coisas. Quando vi que o processo de biodiesel já estava consolidado e era irreversível, eu tomei a iniciativa de ressuscitar o bioquerosene, pois não havia mais porque continuar em sigilo.
Em 2005, na China, fui premiado pelas Nações Unidas, ao anunciar exatamente o querosene de aviação e o biodiesel. E a notícia, a partir daí, correu o mundo. A Boeing soube, me chamou lá para discutir e nós fechamos um contrato de operação no ano passado. Nós estamos testando esse novo bioqueronese dentro do cenário atual, já que as turbinas tiveram muitos avanços ultimamente. E agora nós estamos no segundo contrato com a Boeing, com apoio da Nasa, exatamente nessa fase de testes.

Voltando a falar do biodiesel, como o senhor avalia as atuais políticas públicas no Brasil para a implantação desse combustível?

Hoje o processo tem todo o apoio do presidente Lula, principal entusiasta do biodiesel. É a menina dos olhos dele, ele fala todo dia, toda hora no biodoiesel. E a maioria dos estados está alinhada nessa política também, com programas estaduais. Santa Catarina é um dos estados que está mais ausente em termos de biodiesel. Os programas existentes estão fornecendo financiamentos, privilégios. Também está existindo o chamado “selo social”, que cria incentivos para a agricultura familiar.

Outro ponto bastante debatido na questão do biocombustível é a relação da produção de energia X produção de alimento.

Não existe nenhum conflito entre as duas coisas, pelo contrário, a produção de biodiesel é indutora da produção de alimentos. A biomassa serve para fazer os biocombustíveis (pode ser biodiesel, bioquerosene, bioetanol); para produzir biofertilizantes, e para produzir alimentos, ração. Um exemplo: da soja se extrai o óleo, que será transformado em biodiesel, mas também se retira farelos para criação de frangos, etc. Então, todos esses óleos vegetais servem para produzir frango, leite, queijo, carne de porco – tudo isso que alimenta. O biodiesel é indutor - ao produzir o biodiesel se induz a produção de alimentos.

E quanto ao perigo das plantações avançarem sobre as áreas de florestas?

É, isso deve ser evitado. Mas tem muita área desflorestada que servem para plantar. Na Amazônia há muitas áreas desmatadas que podem ser utilizadas para o cultivo. Existe uma divergência de informações em relação a extensão dessas áreas. Na Alemanha, eu peguei um número de 80 milhões de hectares. Mas no Brasil, estão falando em 40 milhões. Essas são áreas em que o solo é raso e não serve para se fazer cultivos anuais porque o solo fica pobre. A natureza preparou aquela região exatamente para plantas perenes. Por isso é importante se ter leitura da natureza. A vocação daquelas áreas são para culturas permanentes, como o dendê e muitas outras oleaginosas, tem uma centena delas por lá. Agora o grande problema é se fazer um reflorestamento equilibrado, porque, na realidade, não se pode provocar os males de uma monocultura.

Nas suas palestras, o senhor sugere a adoção do biodiesel em “ilhas energéticas” na Amazônia. Como funcionaria?

Os povoados isolados são verdadeiras ilhas populacionais e também energéticas. Lá não se pode receber energia de fora por linhas elétricas – não tem como passar isso por meio da floresta e de rios, é muito caro para pouca gente. Então a energia precisa ser gerada naquele lugar. Nós temos plantas de unidades compactas para produção do biodiesel dentro do povoado. Nós levamos uma máquina já montada de avião até uma savana, onde tem um helicóptero que a transporta até o local em que vai funcionar.

Por Fernanda Muller e Sabrina Domingos, CarbonoBrasil.

in EcoAgência

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Energia das ondas em congresso

Engenharia offshore e oceânica, tendo em vista a exploração dos recursos oceânicos, como os hidrocarbonetos e energias renováveis, com o intuito de promover o avanço da ciência, tecnologia e engenharia offshore, oceânica e polar através da cooperação internacional, eis os principais temas da Conferência internacional ISOPE07, que decorre de hoje até 6 de Julho, em Lisboa.

A conferência é organizada pela International Society of Offshore and Polar Engineering (ISOPE), prestigiada sociedade científica norte-americana, e tem como organizadores locais o Instituto Superior Técnico (IST) e o Centro de Energia das Ondas (WavEC), os quais realizam em conjunto um encontro internacional que tem lugar anualmente e rotativamente num país da Europa, América e Ásia.

Mais de 600 especialistas de 48 países da Europa, América e Ásia estarão em Lisboa para analisar e discutir temas como Energia Eólica Oceânica; Ambiente Polar; Engenharia Geotécnica e GeoAmbiental; Engenharia de Costa; e Terramotos e Engenharia, entre muitos outros.

in Ciência Hoje

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domingo, 1 de julho de 2007

Avião solar

A rotina diária da equipe da missão do Solar Impulse, o avião movido a energia solar projetado pelo suíço Bertrand Piccard, já pode ser acompanhada pela Internet. A Altran – líder no mercado europeu de Consultoria em Tecnologia e Inovação –, uma das empresas patrocinadoras do projeto, desenvolveu um simulador de vôo virtual para a aeronave, disponível no site www.solarimpulsevirtualflight.com. Com esta ferramenta, é possível acompanhar todos os passos dos integrantes da missão, em tempo real, além de ter acesso às imagens, aos dados, itinerários, mapas e diário de bordo.

Com grande experiência multidisciplinar na gestão de projectos e de riscos em setores como aeronáutica, energias renováveis e desenvolvimento sustentável, a Altran criou este simulador para antecipar as possíveis dificuldades da trajetória da aeronave, na volta ao mundo que acontecerá em maio de 2011. A previsão é que o Solar Impulse alcance a velocidade de 100 km por hora.

Com a idéia de buscar soluções mais eficazes para correção de problemas, os especialistas da Altran se basearam em diversos parâmetros, como consumo de energia, condição das baterias, posicionamento dos painéis solares e do sol, previsões meteorológicas e perfil do vôo.

“O Solar Impulse é fascinante. Em um único projeto, temos a oportunidade de explorar diversas competências da Altran, colaborando, principalmente, com o avanço tecnológico em questões de extrema importância para a humanidade”, comemora Patrick Dauga, presidente da Altran do Brasil.

Vôo simulado - A simulação inicia com a escolha do destino, que pode ser da China ao Havaí, do Havaí ao Arizona Florida, da Flórida à Espanha, do Golfo à China ou da Espanha ao Golfo. Após a seleção, o sistema traça a rota ideal, considerando as condições climáticas mais adequadas e seguras. As rotas são analisadas minuciosamente e em tempo ágil. O grande desafio do piloto é fazer o uso mais econômico possível da energia armazenada nos painéis solares para que evitar a nedessidade de um pouso de emergência. Para isso, o trabalho da equipe é extremamente importante, envolvendo pilotos, coordenadores, meteorologistas e controladores de tráfego aéreo.

Solar Impulse - Projetado pelo suíço Bertrand Piccard, o Solar Impulse é um avião com 80 metros de comprimento, que pesa apenas duas toneladas. Mesmo movido apenas a energia solar, o Solar Impulse também pode ser pilotado à noite, graças à capacidade de armazenamento de energia. Para isso, a aeronave deverá voar a uma altitude de 12 mil metros, durante o dia, justamente para manter as baterias carregadas. Para voar durante a noite, a idéia é descer progressivamente até uma altitude de cerca de três mil metros.

Com o objetivo de evitar quebras, o avião está sendo construído com materiais leves, resistentes e flexíveis. Para reforçar as asas e economizar peso, os painéis solares são integrados à própria estrutura do Solar Impulse.

O Solar Impulse está sendo desenvolvido com a participação da Agência Espacial Européia, incluindo cerca de 60 engenheiros de várias nacionalidades. Além da Altran, entre os parceiros oficias do projeto estão companhias como Solvay, Omega e Deutsche Bank, entre outras. Fundada em 1982 na França, a Altran é líder no mercado europeu de Consultoria em Tecnologia e Inovação, destacando-se no setor como um dos maiores do mundo. A Altran emprega mais de 17 mil colaboradores e mantém operações em 20 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília), China, Coréia, Espanha, EUA, França, Holanda, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, México Portugal, Suécia, Suíça e Venezuela. Ao todo, a companhia reúne 180 subsidiárias.

Em 2006, o grupo faturou cerca de US$ 2 bilhões. Entre as empresas que compõem o grupo Altran, destacam-se Arthur D.Little, Cambridge Consultants, Hilson Moran, Control Solutions, Media Aerospace, Pr(i)me, DCE Consultants, Praxis, Synetics, Segime.

A empresa está presente no Brasil desde 1999, com escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, sob o comando de Patrick Dauga, executivo francês com mais de 20 anos de experiência na América Latina, Ásia, Europa e EUA. A Altran do Brasil atua em quatro áreas: consultoria em Inovação e Engenharia (Altran Technologies e Altran TCBR); Consultoria em TI (Altran CIS), Conselho Estratégico (Arthur D.Little) e Comunicação (TDA Comunicação).

in Revista Fator

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Casaco solar

O italiano Ermenegildo Zegna lançou, numa passagem de modelos em Florença, um casaco com componentes electrónicos, que permite carregar iPods e telemóveis com energia solar.

Desenvolvida pela alemã Interactive Wear AG e Solarc, a «Solar Jacket» conta com dois módulos que convertem a energia do sol em electricidade, sendo transportada, através de cabos, para uma bateria, que pode carregar directamente um aparelho electrónico.

O módulo solar, com 9 centímetros por 5,5, pode gerar um watt de electricidade a partir de luz solar intensa. A bateria pesa aproximadamente 100 gramas e completa a sua carga num período que varia de quatro a oito horas, carregando um iPod em quatro horas.

O marca de roupa pretende disponibilizar o casaco para o público em geral entre Março e Abril de 2008, mas ainda não divulgou o preço..

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Moto solar

A empresa espanhola Sunred apresentou o projeto completo de uma nova motocicleta elétrica movida inteiramente por energia solar. O desenho impressiona, ficando entre o inovador e o bizarro - quando todas as placas solares estão expostas, a moto fica parecida com um tatuzinho de jardim.

Para um menor consumo de energia, o motor elétrico da moto solar foi colocado na roda, uma solução que já está sendo adotada nos projetos dos carros elétricos (veja Carros do futuro terão rodas inteligentes). A eliminação do sistema de transmissão, seja por corrente ou por cardã, aumenta a eficiência do conjunto de motorização e diminui o consumo de energia.

Para maximizar a energia capturada, as placas solares formam uma espécie de casulo retrátil. Os painéis solares só podem ser totalmente expostas com o veículo parado, atingindo uma área total de coleta da energia solar de 3,1 metros quadrados.


Os painéis solares totalmente expostos são capazes de capturar energia suficiente para oferecer uma autonomia para a moto solar de 20 km, a uma velocidade de 50 km/h. A empresa não informou a velocidade que a moto consegue atingir captando diretamente a energia solar, já que, para que o piloto se sente, é necessário retrair pelo menos uma das placas.

O controle de energia mereceu um destaque todo especial, com um sistema computadorizado gerando uma multiplicidade de informações. O piloto pode acompanhar tudo, da velocidade à energia disponível nas baterias, por meio de uma tela LCD de 6,4 polegadas, instalada no painel da moto solar.

in Inovação Tecnológica

Açores acima de 50% de renováveis

As ilhas açorianas de São Miguel e Flores registaram, nos primeiros quatro meses deste ano, uma penetração de energias renováveis de 50 e 61 por cento, anunciou hoje o vice-presidente do governo regional.

Portugal propõe-se atingir, em 2010, 45 por cento de participação de energias renováveis, lembrou Sérgio Ávila, que falava na inauguração da nova central termoeléctrica da empresa EDA no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores.

"O forte incremento dos investimentos efectuados nos últimos dez anos permitiu que a produção de energia eléctrica com origem renovável subisse dos 69,7 milhões de kWh em 1996 para os 130,3 milhões em 2006" nos Açores.

De acordo com Sérgio Ávila, esta evolução significa uma quase duplicação das energias renováveis, com a geotermia (calor da terra) a representar 64 por cento, a hídrica 23 por cento e a eólica 13 por cento do total produzido no último ano.

Sérgio Ávila adiantou que o governo "pretende transformar o Corvo na primeira" das ilhas açorianas em termos de penetração de energia renovável. Para isso, vai ser construída uma central hidroeléctrica reversível na ilha, alimentada por um parque eólico, anunciou.

A central termoeléctrica hoje inaugurada representou um investimento de cerca de dois milhões de euros e vai substituir a anterior localizada no centro da vila e já ultrapassada.

De acordo com o presidente da eléctrica açoriana (EDA), Roberto Amaral, a nova central assegura as necessidades energéticas da ilha por "um longo período", ao mesmo tempo que melhora a qualidade do serviço prestado à população da ilha.

Roberto Amaral prevê que a ilha Terceira poderá atingir uma autonomia energética próxima dos 50 por cento dentro de ano e meio, em consequência dos investimentos na construção de uma central geotérmica e num parque eólico.

O Corvo foi a última ilha dos Açores a ter energia eléctrica, em 1963, mas recebeu agora uma nova central alimentada a gasóleo, que permite o seu funcionamento automático, sem a presença humana..

in Público

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