quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Sol ajuda a produzir hidrogénio

Acaba de ser construído um reator extremamente simples tecnicamente, capaz de produzir hidrogênio - o combustível do futuro - a partir da água, utilizando apenas a energia solar. Hoje, virtualmente todo o hidrogênio utilizado na indústria é produzido a partir da queima de gás natural - um combustível fóssil.

Produção de hidrogênio

O princípio é parecido com o divulgado por outra equipe de cientistas em 2003 (veja Hidrogênio para células a combustível gerado por energia solar), só que o processo é muito mais eficiente. Enquanto a pesquisa original alcançou 30% de eficiência usando a porção infravermelha da luz do Sol, o novo reator atinge 70%, usando a energia térmica da luz solar.

O trabalho está sendo coordenado pelo Dr. Anthanasios Konstandopoulos, que chefia o projeto europeu Hydrosol. O objetivo do projeto é exatamente produzir hidrogênio exclusivamente a partir de fontes renováveis.

Combustível alternativo

Se existe um consenso hoje é o de que precisamos encontrar uma alternativa para os combustíveis fósseis. As pesquisas mostram que o candidato natural para ocupar o posto de fonte de energia limpa em escala planetária é o hidrogênio. Só que o hidrogênio é altamente reativo e não é encontrado livre na atmosfera - mesmo sendo o elemento mais abundante na Terra.

E a maior parte do hidrogênio hoje é produzida a partir do gás natural, um combustível fóssil. Logo, não é o hidrogênio em si, mas o seu método de fabricação que decidirá se a nova fonte de energia será ambientalmente amigável ou não.

Reator solar

O novo reator, criado pelos pesquisadores do projeto Hydrosol, já está sendo testado na Grécia. Ele usa o conteúdo termal da energia solar para quebrar as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio, dispensando sua transformação em eletricidade.

O reator solar consiste em um corpo de cerâmica porosa, cujos canais são revestidos por um catalisador especial nano-particulado. Um conjunto de espelhos concentra a luz do sol, fazendo a água se transformar em vapor, que é forçado a passar pelos microcanais da cerâmica. Aí, o catalisador efetua a quebra das moléculas de água. A eficiência chega a 70%.

in Inovação Tecnológica

Etiquetas:

Inventada geladeira solar

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um novo sistema de refrigeração à base de energia solar, que poderá beneficiar produtores rurais de leite no Nordeste brasileiro.

O sistema resfria o leite por meio de um processo de absorção sólida. O projeto foi desenvolvido por Ana Rosa Mendes Primo, professora do Grupo de Engenharia Térmica do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE, e por Rogério Klüppel, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

De acordo com Ana Rosa, o sistema, que atinge temperatura mínima de 7ºC, começou a ser desenvolvido em 2002, quando o Ministério da Agricultura estabeleceu novas normas técnicas para a coleta e o transporte de leite em propriedades rurais.

“A lei determina que todo tipo de leite deve ser refrigerado ainda no local de produção, o que causa dificuldades para os produtores, uma vez que a maioria tem acesso precário e caro à energia elétrica”, disse Ana Rosa à Agência FAPESP.

Contando só o leite bovino, Pernambuco produz cerca de 186 milhões de litros por ano. A bacia leiteira se concentra no agreste (71%). O sertão produz 16% e a zona da mata 10%. A atividade emprega cerca de 80 mil pessoas no estado.

Segundo a pesquisadora da UFPE, a tecnologia de refrigeração solar poderá contribuir para diminuir o êxodo rural em todo o Nordeste, aproveitando as condições climáticas favoráveis de céu limpo e pouca precipitação ao longo do ano.

O refrigerador é composto por um coletor solar plano, cujo interior é cheio de sílica gel – material usado para absorver umidade. O sistema tem uma válvula de passagem de água com acionamento manual.

“A sílica gel libera vapor d’água a partir da ação do sol. Quando o sol incide sobre o reator, o calor penetra no coletor e a sílica começa a expulsar o vapor d’água, que é direcionado para o condensador, liquefeito e acumulado em um recipiente”, disse.

Segundo Ana Rosa, no meio da tarde, quando o calor começa a diminuir, é preciso abrir a válvula para que a água desça para o evaporador, produzindo a refrigeração dos baldes de leite. “O vapor retorna pelo mesmo caminho pelo qual passou a água. Quando o sol volta a nascer, é hora de fechar a válvula e recomeçar o ciclo”, explicou.

Os pesquisadores trabalham agora para incorporar ao sistema um controle automático para a válvula, dispensando a abertura manual para a liberação da água no fim do dia. “A idéia é incorporar uma válvula solenóide operada por energia solar, criando um sistema independente para ela”, disse a pesquisadora.

Atualmente, uma produção de cem refrigeradores solares faria com que cada unidade custasse em torno de R$ 5, na avaliação dos pesquisadores. “É um custo mais que razoável, levando em conta que o tempo de vida útil de cada equipamento é de 30 anos”, disse. Segundo Ana Rosa, a empresa paraibana Solartech, que pertence a Klüppel, pretende fabricar o equipamento.

in Agência FAPESP

Etiquetas:

Dióxido de carbono vira combustível

O CO2, ou dióxido de carbono, tornou-se um problema global. O mundo todo está interessado em inibir sua emissão na atmosfera ou então em "seqüestrar" - capturar e armazenar - aquelas emissões impossíveis de se evitar.

Dióxido de carbono vira combustível

Que tal então transformar o dióxido de carbono em combustível? E fazer isto utilizando a energia solar? Melhor ainda, produzindo compostos químicos úteis para a indústria e evitando o consumo de combustíveis fósseis? Parece milagre? Pois esta é a proposta de um grupo de cientistas da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos.

A equipe do Dr. Clifford Kubiak desenvolveu um equipamento que é capaz de capturar a luz do Sol, convertê-la em eletricidade e usar essa energia para quebrar a molécula de CO2 em monóxido de carbono (CO) e oxigênio.

O equipamento ainda é apenas um protótipo e não está totalmente otimizado. Por isso a energia solar sozinha não suficiente para fazê-lo funcionar completamente, exigindo um aporte externo de eletricidade.

Combustível

"Para cada referência à quebra do CO2, há mais de 100 artigos sobre a quebra da água para produzir hidrogênio, ainda que a quebra do CO2 esteja muito mais próximo daquilo que todos querem," diz Kubiak. "[O equipamento] também produz CO, um composto químico importante, que é normalmente produzido a partir do gás natural. Assim, com a quebra do CO2 você pode economizar combustível, produzir um composto químico útil e reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa."

O monóxido de carbono é altamente tóxico mas essencial para a produção de vários produtos, entre os quais os plásticos e detergentes. É possível também convertê-lo em combustível líquido.

O equipamento consiste em um semicondutor e duas camadas de catalisador. Ele quebra o dióxido de carbono para gerar monóxido de carbono e oxigênio em um processo de três etapas.

Catalisador de níquel

A primeira etapa consiste na captura dos fótons da luz do Sol pelo semicondutor. A segunda etapa é a conversão dessa energia óptica em energia elétrica, o que se dá dentro da própria célula. A última etapa é o envio da eletricidade para os catalisadores. Esses catalisadores convertem o dióxido de carbono em monóxido de carbono, liberado de um lado do aparelho, e oxigênio liberado na outra extremidade.

O catalisador foi desenvolvido no próprio laboratório. O melhor funcionamento até agora foi alcançado com uma enorme molécula contendo três átomos de níquel no seu centro.

Energia solar

A deficiência do equipamento ainda está na célula solar, feita de silício. Ela é capaz de fornecer apenas metade da energia necessária para quebrar a molécula de CO2, embora esteja sendo utilizada uma célula solar padrão encontrada no comércio. Os cientistas estão trabalhando no desenvolvimento de uma célula solar de fosfeto de gálio, um semicondutor que é mais eficiente do que o silício, absorvendo maior quantidade de radiação solar no espectro visível.

Nenhuma das peças do equipamento funciona otimamente ainda, o que demonstra que será necessário um grande trabalho de pesquisa e desenvolvimento em diversas áreas até que o novo conceito possa se transformar em um produto viável.

in Inovação Tecnológica

Etiquetas:

Cabo Verde usa energia solar para abastecimento de água

O governo de Cabo Verde, em parceria com a União Europeia, tem em curso um programa para melhorar o abastecimento de água potável à população rural com a utilização de energia solar para as operações de bombagem.

De acordo com a agência noticiosa PANA, o governo vai executar, para além deste programa, um outro que visa utilizar a energia solar para a iluminação das comunidades rurais.

Na passada semana, a capital cabo-verdiana acolheu de quinta a sábado uma exposição para divulgação da energia solar, a promoção da sua utilização em outras aplicações e o reforço da sua exploração por parte de privados em Cabo Verde.

Os visitantes tiveram a oportunidade de ver uma mostra prática sobre as várias aplicações de energia solar, produzida por empresas cabo-verdianas que se dedicam a este ramo de actividade, nomeadamente na bombagem de água, iluminação pública e privada e aquecimento de água.

Cabo Verde, país carente em recursos energéticos, produz energia, essencialmente, da queima de combustíveis, implicando forte dependência da importação de produtos petrolíferos cuja factura absorve fundos consideráveis.

in MacauHub

Etiquetas:

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Nova central da Galp fica em São Torpes

A nova central de ciclo combinado da Galp Power, vai ser construída em São Torpes, na ZIL (Zona Industrial Ligeira), em terreno da Apiparques, junto à central da EDP. Após a polémica suscitada pela intenção de construir a central na zona portuária da cidade, ideia rejeitada pela própria câmara municipal e pelo ministério do Ambiente, o presidente da autarquia de Sines, Manuel Coelho, diz que “está de acordo com esta localização”, faltando agora o parecer do ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, que deverá ser conhecido em Setembro.

O relatório técnico sobre a avaliação do impacte ambiental da nova central encontra-se em fase de consulta pública até ao dia 14 de Agosto. Para Augusto Ramos, representante da Agência Portuguesa do Ambiente, esta primeira fase de consulta é “muito importante”, visto que permite que as pessoas possam “esclarecer as suas dúvidas” acerca do projecto e “participar” nele.

Portugal vê-se obrigado a importar energia eléctrica de Espanha, uma vez que não possui centrais eléctricas suficientes, pagando os portugueses mais do que os habitantes do país vizinho. Para André Ribeiro, representante da Galp Energia, o investimento nesta área é “inevitável” e este é um empreendimento “muito importante, do ponto de vista empresarial”, para a Galp.

A central de ciclo combinado será constituída por uma turbina a gás e um ciclo a vapor, para produção de energia eléctrica. O projecto passa ainda pela criação de uma linha eléctrica aérea e um gasoduto de abastecimento de gás natural, de pequena dimensão mas que, de acordo com a engenheira do ambiente responsável pelo relatório técnico de avaliação do impacte ambiental, constituirá “uma alternativa ao gasoduto do Magrebe”.

Ana Teresa Chinita esclarece que vão ser utilizadas “tecnologias modernas” e que a central terá rendimentos “superiores” às centrais termoeléctricas convencionais, para além de haver menores valores de poluição e de desperdício de matérias-primas. A técnica reconhece que há impactos negativos, mas que serão “mínimos”, garantindo que este tipo de energia é “mais eficiente, económica e limpa”, não provocando alterações a nível local. A engenheira do ambiente assegura que a central “cumprirá a legislação em vigor”, no que diz respeito às emissões de dióxido de azoto, monóxido de carbono e pequenas partículas.

Manuel Coelho assume a importância da central e anuncia que “vêm aí mais investimentos na área”, com o intuito de “deixar” a energia fóssil e “passar para outro ciclo”. O presidente da câmara de Sines pretende “equilibrar” a actividade industrial com a turística e piscícola, neste que considera ser “o município mais urbano e cosmopolita de todo o Alentejo” e manifesta o desejo de que esta nova central possa criar novos postos de trabalho no município. Este desejo é confirmado por André Ribeiro, que afirma que “a Galp tem todo o interesse em empregar trabalhadores locais”, tendo consciência da sua “responsabilidade social”.

in Setúbal na Rede

Etiquetas:

Ministros europeus preocupados com energia

Os ministros da Economia de vários países da União Europeia escreveram à Comissão Europeia (CE) expressando preocupação com os projectos de reforma do sector da energia.

«A ideia de que a separação completa da produção e da distribuição constituíria a única chave de um desenvolvimento do mercado interno da electricidade e do gás deve ser afastada», denuncia o texto, redigido pelo francês Jean-Louis Borloo, e assinado pelos ministros da Economia e da Energia da Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Grécia e Eslováquia.

Bruxelas reflecte actualmente numa reforma de fundo do mercado energético da Europa, cujas grandes linhas devem ser apresentadas em Outubro.

A comissária da Concorrência europeia, Neelie Kroes, já se pronunciou por uma separação das redes de produção e de distribuição das empresas do sector para reforçar a concorrência, uma proposta apoiada pelo Reino Unido, a Suécia ou a Espanha.

Mas outros países como a França ou a Alemanha estão mais preocupados e receiam enfraquecer os respectivas empresas líderes do sector, assim como um aumento descontrolado dos preços do gás e da electricidade.

Em França, como na Alemanha, os líderes do sector, a EDF e a EON, controlam a produção e as redes de distribuição.

in Dinheiro Digital

Etiquetas:

Descoberta bactéria que vive da luz solar

Cientistas da Universidade da Pensilvânia, EUA, descobriram uma bactéria que, tal como as plantas, usa a luz solar como fonte de energia, revela um estudo publicado na revista Science.

Os cientistas do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade Pública da Pensilvânia, EUA, descobriram que esta peculiar bactéria «ovóide», denominada Candidatus Chloracidobacterium thermophilum, utiliza uma espécie de clorofila para converter a luz do sol em energia, com a particularidade de crescer na presença de oxigénio.

A bactéria estudada pertence ao grupo Phylum Acidobacteria, que até agora não tinha nenhum membro fototrópico conhecido, e foi captada em águas termais do Parque Nacional norte-americano de Yellowstone.

A espanhola Amaya García, uma das investigadoras responsáveis pelo estudo, explicou à agência EFE que até agora apenas se conheciam cinco grupos de bactérias fototrópicas (que usam a luz do sol como fonte de energia) com «antenas» para captar os raios solares e que esta é a primeira vez que essas «antenas» são detectadas numa bactéria que cresce na presença do oxigénio.

A investigadora recordou que o que diferencia as bactérias fototróficas das plantas é que estas últimas, desde o musgo ao pinheiro, usam a mesma «máquina molecular» para captar a luz do sol e convertê-la em energia química.

in Diário Digital

Galp quer competir com EDP nas energias renováveis

O presidente da Galp Energia, Murteira Nabo, acredita que a empresa só vai conseguir competir com a EDP na electricidade se entrar nas aquisições, apesar de não fazer, para já, parte dos seus planos.Em entrevista à «Agência Financeira», o responsável da Galp, garante que está a tentar entrar no sector da electricidade por via, por exemplo, do concurso público eólico (já garantido), das centrais de ciclo combinado, promete crescer nesta área. «Estamos a começar e somos pequeninos, mas vamos crescer na área das renováveis, como a eólica ou a energia das ondas.

No entanto, questionado se projectava a Galp como um operador relevante neste mercado, Murteira Nabo respondeu: «Só com as energias renováveis, vai ser relevante, mas não poderá competir com a EDP com grande dimensão, a não ser que entre na área das aquisições».

Mesmo assim, o presidente da petrolífera adiantou que «esse assunto ainda não foi abordado ou discutido». «Por enquanto, a nossa estratégia é de crescimento orgânico, nunca definimos uma estratégia que não fosse por esta via. Vamos crescer muito, mas sempre com uma quota baixa», adicionou.

Depois de estudo sobre EDP, nunca mais pensou fazer nada

Acerca do estudo de uma Operação Pública de Aquisição (OPA) sobre a EDP, o responsável disse que o que «houve foram alguns estudos que não tiveram sequência e que a ideia era uma partilha de activos». «Pôr a Galp a concorrer mais na área da electricidade e a EDP na área do gás. Foi uma simulação que se fez e que a única coisa que correu mal foi vir a público o que não era necessário porque não se confirmou», rematou.

Uma vez não sendo viável esta partilha de activos, Murteira Nabo garante que não surgiram outras opções. «Por enquanto não. O mercado agora está mais calmo, depois de alguma agitação. A Galp nunca mais pensou fazer nada», referiu.

O responsável sublinhou que o plano estratégico da Galp está associado a cinco anos e que é algo que se comprometem a cumprir. «Qualquer coisa que não esteja no plano tem de ser muito bem pensada e discutida e, neste momento, estamos no primeiro ano do plano e não há nada para pensar», concluiu.

in Agência Financeira

Etiquetas: , ,

REN prevê deixar de importar energia a partir de 2012

O presidente da REN-Redes Energéticas Nacionais revelou hoje estimar que o nosso país deixe de importar Energia de Espanha no máximo dentro de cinco anos, devido ao aumento da geração de Energia hídrica e eólica pelo país.

Ao falar em entrevista concedida na passada quinta-feira à agência Bloomberg, José Penedos disse que o balanço comercial de Energia com Espanha tem sido "desfavorável" para Portugal nos últimos cinco anos, podendo ser melhorado com o aumento da produção de energias renováveis.

"Prevejo que, nos próximos cinco anos, irá existir uma tendência que aponte para o equilíbrio", disse, adiantando que "o mercado entre Portugal e Espanha tenderá a ser entregue mais a oportunidades comerciais do que a necessidades estruturais do sistema".

Portugal espera conseguir obter pelo menos 45% da sua Energia de fontes renováveis até 2010, num esforço para reduzir a sua dependência de fornecimentos vindos do estrangeiro. A REN vai investir 1,7 mil milhões de euros em cabos energéticos e gasodutos até 2012 para ligar a sua rede a áreas de recolha de energia eólica e à rede de electricidade espanhola, no âmbito do plano de estabelecimento do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL).

in Diário Económico

Etiquetas: