sábado, 18 de agosto de 2007

Aquecimento termosolar começa a ganhar lugar ao sol

Um dos maiores entraves à disseminação do uso da energia solar para aquecimento de água no país - a falta de uma legislação específica - está sendo derrubado nas principais capitais brasileiras.

Em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, leis que incentivam o uso do aquecimento termosolar foram aprovadas nos últimos meses e devem dar impulso para a instalação de sistemas nas três cidades. Na mesma direção, pesquisa realizada pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), executado pela Eletrobrás, está mobilizando seis universidades de cinco estados para avaliar a situação real das instalações desses sistemas e quais são os outros obstáculos que a popularização do aquecimento solar enfrenta no Brasil.

Sob orientação técnica do Green Solar, centro de referência no tema localizado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, a pesquisa, inédita, abrange 800 sistemas usados nos setores residencial, industrial e de serviços e envolve 49 pessoas ligadas às universidades e à Eletrobrás/Procel. Os levantamentos já estão sendo realizados em Belo Horizonte, Campinas (SP) e no Rio Janeiro. Em Belo Horizonte, que tem cerca de duas mil instalações e por isso considerada a capital solar do Brasil, a pesquisa começou com uma visita ao Hospital João XXIII, referência no tratamento de queimados. Neste hospital, há uma área exclusiva aos pacientes que utiliza aquecimento solar, por permitir o controle da temperatura para água.

"Vamos avaliar a economia obtida pelo uso dos aquecedores solares nas próprias obras", informa Elizabeth Pereira, coordenadora Green Solar. Quem usa os sistemas também será ouvido no levantamento. "Além das condições da instalação em si, pesquisaremos o nível de satisfação dos usuários finais", afirma Emerson Salvador, chefe da Divisão de Suporte Técnico de Conservação de Energia da Eletrobrás/Procel.

No Rio de Janeiro, onde as pesquisas estavam previstas para começar em outubro, os trabalhos foram antecipados: os pesquisadores da Uerj já terminaram a pesquisa de campo, iniciadas em abril, em 23 revendas, cujo resultado foi enviado para análise estatística pela equipe da PUC-MG. As pesquisas nas 224 instalações (localizadas em academias e clubes, hotéis e motéis, residências e hospitais) já estão a pleno vapor, com previsão de término para fins de setembro.

A pesquisa, espera a professora Elizabeth Pereira, permitirá que se obtenha uma radiografia da área em todo o país. "A criação dessa base de dados e respectivo tratamento estatístico das informações levantadas permitirão identificar os pontos críticos, como treinamento e capacitação", afirma a especialista. Segundo ela, o Brasil teria condições de apresentar um mercado de aquecimento solar de energia tão forte quanto os países que mais investem em energia termosolar, como Alemanha, Israel e China. Para isso, porém, teria que aumentar a área total dos coletores, de cerca de três milhões de metros quadrados de hoje para quatro milhões de metros quadrados.

Rio sustentável - No Rio de Janeiro, projeto da vereadora Aspásia Camargo, do Partido Verde, também tenta atingir aquele que, para ela, é o inimigo público número um de uma cidade sustentável: o chuveiro elétrico. Segundo estudos, 40% da demanda atual de água quente poderia vir do aquecimento solar. Aspásia acredita que as leis municipais sancionadas em Belo Horizonte e São Paulo ajudam muito a aprovação do projeto no Rio. "O Brasil está acordando para a sua realidade. Seria um desperdício total não saber usar o que a natureza nos deu: energia solar na maior parte do território, o ano inteiro", afirma.

Para ela, o maior obstáculo que a energia termosolar enfrenta no Rio é a falta de conhecimento. "Ainda há muitas pessoas conservadoras que tem receio de abrir mão do chuveiro elétrico pela energia solar", avalia a vereadora. Para Aspásia, se na hora da construção já estiver prevista a utilização do sistema, a resistência será menor porque não haverá necessidade de uma reforma ou mudança drástica.

Aspásia já tem até a estratégia para difundir o uso do aquecimento termosolar quando a lei de sua autoria for aprovada pela Câmara de Vereadores. "Pretendemos começar pelos clubes, academias, empresas do setor de serviços e indústria. Com as mudanças climáticas em curso no mundo, a geração de energia torna-se um problema dramático, por isso, todo mundo tem simpatia por causas como a da energia solar", acredita. Para mostrar a importância da aprovação da lei, a vereadora articulou uma audiência pública na Câmara, da qual participaram Emerson Salvador e Ary Vaz Pinto Jr., do Centro de Pesquisas em Energia Elétrica (Cepel). "Essa é uma boa oportunidade para o Rio se equiparar a outras capitais em termos de uso de energia limpa e ainda faturar no mercado de carbono", afirma Aspásia.

De acordo com os dados do Procel e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),o uso de chuveiro elétrico numa casa com quatro pessoas, por exemplo, é responsável por 22% do total da conta de luz. O setor residencial responde por quase 25% do consumo total de energia elétrica no país e o aquecimento de água para banho é responsável por aproximadamente 6% de todo o consumo nacional de energia elétrica no total e, no horário de pico (entre 18h e 21h), por 20% da demanda residencial.

Aos poucos, leis que facilitam a adoção do aquecimento de água são adotadas Brasil afora, por exemplo, em São Paulo: Duas leis municipais já garantem a instalação de sistemas para a captação de energia solar nas novas edificações residenciais, comerciais e industriais, além das construções de iniciativa do município. As leis prevêem a instalação de aquecimento solar como apoio ao gás ou energia elétrica nos edifícios na cidade.

Porto Alegre: Lei municipal criou o Programa de Incentivo ao Uso de Aquecimento Solar. O objetivo é promover medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar.

Belo Horizonte: Foram aprovados dois projetos: um reduz o IPTU para aqueles que adotarem o sistema, uma das ações da política municipal de incentivo ao uso de formas alternativas de energia; outro obriga os empreendedores da construção civil a utilizarem a tubulação específica em prédios residenciais.

Campina Grande (PB), Varginha (MG) e Birigui (SP) também sancionaram leis que criam incentivos ao uso de aquecedores solares. Já Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba têm projetos de leis nesse sentido tramitando em suas câmaras de vereadores.

in Portal Fator

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Nuna 4 testado na Holanda

O automóvel Nuna 4, propulsionado a energia solar, foi testado no dia 14 de Agosto no circuito de Daf, em Sint-Oedenrode, Holanda.

A viatura será apresentada durante o World Solar Challenge, na Austrália, a 21 de Outubro deste ano. No certame, inventores e grupos empresariais que apostam nas potencialidades da energia solar mostrarão os resultados em várias áreas. O objectivo é depender menos do petróleo e combater os elevados níveis de poluição.

in Correio da Manhã

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Uso eficiente da biomassa para energia

A fatia da contribuição da biomassa para o balanço energético nacional, que é hoje de 10,6%, correspondendo a 2,8 Mtep de energia primária, pode ainda ser aumentada, especialmente pelo seu mais eficiente uso. Na realidade, 20 % da biomassa contabilizada é utilizada no sector doméstico. Atendendo a que o imposto de IVA sobre a biomassa tem a taxa máxima de 21%, contra 5% na electricidade e no gás, só uma parte pequena das lenhas utilizadas no sector doméstico são contabilizadas, levando a que a importância real da biomassa seja na realidade muito superior. Por outro lado, a biomassa é maioritariamente utilizada em lareiras abertas, levando a que a eficiência no seu uso seja muito baixa.

A utilização de biomassa para a produção de electricidade correspondeu a 1,1 Mtep tendo-se gerado 1 082 GWh com uma potência instalada de 363 MW, a maioria em unidades industriais ligadas à indústria da celulose *, madeira e cortiça utilizando processos de co-geração (DGGE, 2004).

A valorização da biomassa florestal para energia, é uma forma de controlar as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, uma vez que a quantidade de CO2 emitida na combustão da biomassa é igual à captada pela planta aquando do seu crescimento. Assim, na medida em que a biomassa consumida substitui combustíveis fósseis, e a biomassa recolhida minimiza a eclosão e propagação dos incêndios florestais, a utilização de biomassa de uma forma sustentável contribui decisivamente para a redução do efeito de estufa e para o cumprimento do Protocolo de Quioto a que Portugal se obrigou.

Este benefício é ainda mais relevante se a biomassa for eficientemente utilizada tornando mais eficaz a substituição de combustíveis fósseis. Assim, deve-se dar prioridade aos métodos e às tecnologias mais eficientes no uso da energia, tendo em conta a definição adoptada pela Directiva Europeia 2001/77/CE, de 27 de Setembro: “a fracção biodegradável de produtos e resíduos da agricultura (incluindo substâncias vegetais e animais), da floresta e das indústrias conexas, bem como a fracção biodegradável dos resíduos industriais e urbanos”.

Neste sentido, a utilização da biomassa para energia deverá obedecer aos seguintes critérios mínimos:

1. Nos equipamentos e edifícios de serviços e residenciais, com destaque para piscinas, escolas, pavilhões gimno-desportivos, hospitais, hotéis, etc., a biomassa (entre outras na forma de briquetes e peletes) deverá ser utilizada com equipamentos de queima com eficiências superiores a 75% para produção de energia térmica;

2. Na indústria deverá ser privilegiada, sempre que possível, a utilização da biomassa para co-geração baseada na utilização útil da energia térmica, permitindo eficiências globais superiores a 60%. Será de excluir centrais dedicadas exclusivamente para a produção de electricidade, pois não permitem rendimentos efectivos superiores a 25%.

in Alvor de Sintra (Crónica de Luís Fernandes)

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Crescimento do consumo eléctrico no mínimo desde 2002

O ritmo de crescimento do consumo eléctrico atingiu em Julho, em termos acumulados desde o início do ano, o mínimo desde 2002, acentuando a tendência iniciada no ano passado. O clima ameno, o fecho e deslocalização de indústrias muito energéticas e a baixa no consumo das famílias e serviços, num contexto de crise económica, são as razões apontadas por especialistas para o que chamam "boa notícia". A manter-se este padrão, 2007 pode ser o primeiro ano em que o consumo energético sobe abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), o que indica que Portugal está a produzir mais, gastando menos.

Segundo as estatísticas da Rede Eléctrica Nacional (REN), até Julho, o consumo acumulado desde Janeiro cresceu apenas 1,3%, face a igual período do ano passado, e é o valor mais baixo desde, pelo menos 2002 (não há registos anteriores no "site" da REN), ano em que, até ao mesmo mês, crescera 2,3%. Entre 2003 e 2005, o consumo de electricidade subiu entre 5% e 6%, ao ano, bem acima do PIB, fazendo de Portugal um dos países com menor eficiência energética.

Já em 2006, o crescimento do consumo abrandou (para 2,6%), apesar de, mesmo assim, continuar acima do PIB (que aumentou 1,3%). Este ano, a manter-se o padrão de aumento da procura abaixo dos 2% e a cumprirem-se as estimativas para o crescimento económico (1,8%), Portugal pode estar no arranque de um ciclo de ganhos de eficiência semelhante ao que se operou, por exemplo, a Irlanda nos anos 90.

Boa notícia por más razões

Mas por que baixa o consumo de electricidade? As causas apontadas agora são as mesmas que explicaram o abrandamento de 2006, sendo que a principal é fruto, sobretudo, da "sorte" o Inverno foi pouco rigoroso e o Verão não está a ser muito quente, reduzindo as necessidades de aquecimento e arrefecimento.

Mas outras explicações, sublinha Francisco Ferreira, derivam, infelizmente, de "más razões". "As pessoas estão com dificuldades económicas, o que as força a ter outra preocupação com a eficiência energética", afirma, fazendo o paralelo com aquilo que tem vindo a notar-se no consumo dos combustíveis rodoviários. "Os preços sobem, anda-se menos de carro", afirma. E nas empresas e serviços, afirma, há indicadores de que cada vez se fazem mais auditorias energéticas, no sentido de aliviar a factura.

José Penedos, presidente da REN, acrescenta outra "má razão" para explicar esta "boa notícia" o encerramento de "indústrias pesadas" e altamente energéticas. É o caso de sectores como o têxtil pesado, a cerâmica e, até o automóvel, que têm sido generosos em exemplos de encerramentos e deslocalizações. "Há alguma crise", sintetiza o gestor, que diz ser visível uma quebra nos consumos em alta e média tensão. Já na baixa tensão (domésticos e pequenas empresas e serviços) verifica-se "grande sensibilidade" ao preço, ajudando a "baixar o consumo".

As boas notícias do sector eléctrico, contudo, não ficam por aqui. Segundo a REN, as albufeiras hidroeléctricas estavam em Julho a 68% da sua capacidade, o máximo desde 2003 (quando atingiram 71%).

"O ano hidrológico tem sido acima da média", destaca José Penedos. Resultado a produção com base em grandes hídricas subiu 44% face ao ano passado, permitindo usar menos centrais térmicas (quebra de 19%).

Os ganhos, sublinha Francisco Ferreira, são diversos ao recorreremos menos a centrais a gás, carvão ou fuel e mais a hídricas e outras renováveis (a produção das eólicas, por exemplo, disparou 69% face ao ano passado), Portugal está a "baixar a factura energética" porque importa menos combustíveis fósseis e, além disso, está a emitir menos gases de efeito de estufa. "O Protocolo de Quioto [que limita as emissões] só arranca em 1 de Janeiro de 2008, mas era bom que este padrão se mantivesse", afirma.

No médio-prazo, todos estes factores, aliados à duplicação das exportações de energia, vão ter, ainda, mais um efeito benéfico (ver caixa), aliviando os aumentos da electricidade em 2008.


Exportações e produção aliviam tarifas em 2008

As exportações de electricidade para Espanha duplicaram até Julho face ao período homólogo de 2006. O disparo nas vendas, explica José Penedos, deve-se a alterações no sistema espanhol, obrigado a comprar parte da sua energia na bolsa portuguesa (OMIP, que vende agora para entrega futura), e ao facto de a REN procurar optimizar o balanço entre o que importa e exporta. Este estatuto de "comprador único" de energia - de que a REN gozou até finais de Junho, antes de entrar em vigor o Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel) -, explica Penedos, permitiu à empresa gerir as trocas, com ganhos para o sistema nacional, despachando para Espanha energia barata (hídrica), mas também a mais cara (eólica). E o certo é que, se metade dos ganhos financeiros fica na REN, a outra é repartida pelos consumidores, por via das tarifas, devendo ter reflexos já em 2008. A ajudar a aliviar o preço estará também o facto de os custos de produção serem agora mais baixos (por se recorrer menos às centrais térmicas) e, ainda, haver menos consumo. Todos estes factores vão ser tidos em linha de conta pelo regulador do sector (ERSE), quando chegar a hora de fazer contas aos aumentos de 2008. E, segundo outras fontes do sector ouvidas pelo JN, não havendo imprevistos até ao fim do ano, tudo indica que os portugueses não vão sentir grandes sobressaltos no preço da electricidade. Este ano, as tarifas das famílias subiram 6% em Janeiro e vão cair 2,2% a partir de 1 de Setembro.

in Jornal de Notícias

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quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Plano energético das Minas Gerais dá bons resultados

O Programa de Gestão Energética Estadual (PGEE), implantado pelo Governo de Minas em 2004, gerou uma economia de R$ 5,1 milhões no custo da energia elétrica consumida em 22 prédios públicos estaduais, nos últimos três anos. Coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, o programa tem o objetivo de racionalizar o consumo de energia elétrica nos órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual. Busca, ainda, a eficientização de centros de consumo em prédios públicos estaduais, utilizando recursos realizados através da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Para alcançar essa economia no custo da energia, além dos investimentos em melhorias, as Comissões Internas de Conservação de Energia (CICEs) realizaram revisões dos contratos de fornecimento de energia, modulações de carga e reeducação comportamental de servidores desses prédios. Na política de gestão adotada pelo PGEE, é a própria unidade que decide o quanto irá pagar pelo insumo energia elétrica e não a concessionária de energia. Esse controle do preço só é possível através do conhecimento dos diversos aspectos que envolvem o setor energético, ou seja, deixa de ser apenas uma questão de consumir e pagar.

Em um único prédio, a sede do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), a economia chegou a R$ 1 milhão. Outras medidas que também contribuíram para esse resultado foram o treinamento dos servidores que integraram a Comissão Interna de Conservação de Energia e o controle do horário de uso dos equipamentos elétricos, diminuindo o consumo e controlando a demanda. Como forma de reconhecimento pela diminuição do consumo de energia, o prédio recebeu da Cemig R$ 278 mil para a melhoria do sistema de iluminação.

Outra unidade do DER que também obteve resultado positivo foi a regional de Juiz de Fora (30º CRG - DER) que apresentou uma economia de cerca de 65% do gasto com energia elétrica nos últimos três anos.

No Hospital João XVIII, foi gerada uma economia de R$ 626 mil e investidos R$ 313 mil em iluminação e R$ 100,9 mil na instalação de equipamentos de aquecimento de água por energia solar para o setor de atendimento de queimados.

in Correio de Uberlândia

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Húngaro percorre o mundo em veículo solar

O húngaro Louis Palmer partiu de Lucerne, na Suíça, no dia 3 de julho a bordo de um carro movido a energia solar para dar uma volta ao mundo. Hoje, dia 13, o grupo de expedição que conta com mais seis pessoas, entre assistentes técnicos e guias, está em Beirute, no Líbano. Palmer é o idealizador do Solartaxi, veículo de cinco metros de comprimento, com reboque de 6 m2 composto de células solares que produzem eletricidade suficiente para rodar 100 km por dia. A energia é armazenada em uma nova bateria do tipo ZEBRA, sendo possível dirigi-lo à noite.

O húngaro quer percorrer pelo menos 14 mil km, por 40 países dos cinco continentes, durante 14 meses. O objetivo é mostrar que existem soluções disponíveis para o aquecimento global. Por onde passar Palmer visitará cientistas, políticos e outras pessoas interessadas no assunto para apresentar seu carro e discutir o tema na realidade dos diversos países. A viagem pode ser acompanhada pelo blog que o grupo mantém no endereço http://solartaxi.divio.ch.

in Autonews

Eólicas em Oliveira do Hospital

A empresa ENEOP2 pretende instalar quatro torres eólicas no concelho de Oliveira do Hospital.
Trata-se de um investimento de 10 milhões de euros, devendo o parque começar a ser construído no primeiro trimestre de 2009. Será primeiro parque de energia eólica a ser instalado no concelho oliveirense.
O presidente da câmara de Oliveira do Hospital adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o projecto prevê a instalação de quatro torres, com capacidade individual de produzir 2 MW e no total 8 MW.
Mário Alves revelou que serão construídos em duas zonas. Um na zona da Lomba da Malhada Larga, por cima da povoação da Gramaça e o outro no limite do concelho, na zona do Barroqueiro. “Mas ainda não sei como será feita a distribuição das quatro torres eólicas”, referiu o autarca.
Os parques ficarão instalados em terrenos baldios da freguesia de Aldeia das Dez.
O projecto vai ser agora levado a uma próxima reunião do executivo camarário e depois terá também que ser aprovado em assembleia municipal.
Em Portugal, o primeiro parque eólico foi criado em 1988 em Santa Maria (Açores), mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional com aproximadamente 1.131 MW de potência instalada até Fevereiro 2006, 106 parques eólicos e 703 turbinas eólicas.
Cerca de metade dos parques eólicos (48 por cento) em Portugal são parques pequenos, com potências entre 1 a 10 MW. Cerca de 30 por cento dos parques têm uma dimensão média, com potências entre 10 a 25 MW. Apenas existe um parque eólico com potência superior a 50 MW.

in As Beiras Online

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Procura de gás da Petrobás crescerá 19%

A oferta de gás natural para o mercado interno deverá chegar a 134 milhões de metros cúbicos por dia em 2012, prevê o Plano de Negócios da Petrobras divulgado hoje (14). O volume é equivalente à demanda prevista para o período, 'considerando despacho máximo para as usinas termelétricas', o que só ocorre em situação extrema de escassez de energia de origem hídrica. O Plano leva em conta um crescimento médio de 19,4% na demanda anual.
Da oferta total prevista, 72,9 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia serão provenientes da produção interna; 30 milhões referem-se ao contrato de fornecimento com a Bolívia; e 31,1 milhões virão da importação de gás liquefeito, para a regaseificação em unidades que ainda serão construídas.
O Plano indica a meta de ampliar a oferta de gás para suprir emergencialmente as usinas térmicas geradoras de energia, em caso de demanda plena. Duas unidades de regaseificação estão previstas - uma na Baía de Guanabara (RJ) e outra em Pecém (CE), com capacidade de processar até 20 milhões de metros cúbicos de gás liquefeito.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não definiu local, data e nem quantas dessas unidades poderão ser ainda construídas, mas esclareceu que a demanda plena só será necessária em caso de escassez de energia hídrica: "O gás será destinado essencialmente para as usinas termelétricas, o que dará maior flexibilidade ao mercado. Esse consumo estimado de 134 milhões de metros cúbicos por dia é uma situação improvável, mas temos que estar preparados para a possibilidade de ela vir a se concretizar'.
Desse total de consumo estimado até 2012, o documento da Petrobras prevê demanda de 42,1 milhões de metros cúbicos pelo setor industrial; 43,9 milhões pelos setores automotivo, residencial/comercial, refinarias e usinas de fertilizantes; e os restantes 48 milhões de metros cúbicos/dia referem-se à demanda interruptível - pode não ser necessário esse volume - das usinas termelétricas.

in Gazeta Mercantil

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Investidores de eólicas querem maiuor estabilidade

Por movimentarem cifras bastantes elevadas em negócios cujo retorno se dá em médio e longo prazo, os investidores em energia eólica ainda esperam posicionamento mais claro do governo federal a respeito desta matriz energética para poderem fazer aportes mais maciços. Na avaliação do diretor da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abee), Fernando Ramalho, ´o Brasil precisa dar mais estabilidade aos investidores no longo prazo. Do contrário, eles vão levar os parques para a Ásia´.

A entidade propõe que o governo se comprometa com a disponibilização, a cada ano, de 1.000 Megawatts (MWs) em potência eólica. ´Para ter um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ritmo que se deseja, é preciso ampliar a matriz energética a cada ano em 4.000 MWs´, aponta.

Outro pleito do setor é a reserva para que os leilões restritos à comercialização de energia eólica, separando-as das demais fontes renováveis. ´O custo por Megawatt previsto com a construção de um parque eólico já chega bem próximo ao valor cobrado para as novas usinas hidrelétricas´, argumenta. Até dezembro de 2008, prazo final do Proinfa, devem ser implantados 14 parques eólicos que somam potência instalada de 500,5 Mega Watts (MWs) e devem movimentar capital de R$ 2 bilhões. Como hoje o Ceará tem uma demanda energética que varia entre 1.000 e 1.200 MW/hora, a energia gerada corresponderá, a partir de 2009.


in Diário de Nordeste

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Brasil vai ter de racionar energia

O presidente do Instituto "Acende Brasil", Cláudio Salles, revelou em entrevista concedida à Rádio CBN Vitória durante a manhã desta terça-feira, que o Brasil tem 28% de chances de entrar em um novo racionamento de energia. Segundo ele, nem mesmo as ações já previstas para o setor, salvariam o país da crise prevista para 2011.

Salles declarou que se todas as iniciativas do Governo Federal tiverem êxito, o país contará com um déficit na produção anual de energia de 1500 megawatts. A energia é suficiente para abastecer 40% de um Estado como o Rio de Janeiro. O déficit atual é de 3500 megawatts.

"Estamos em sinal de alerta para que medidas sejam tomadas. Devemos cuidar de nossas principais fontes de energia e buscar outras", completou o presidente do Acende Brasil. Ele garantiu que as fontes alternativas, como a energia eólica e solar, são complementares.

O Acende Brasil chegou a esses dados ao trabalhar com informações fornecidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O estudo considerou variantes como o armazenamento de águas nos reservatórios, estímulos à construção de novas usinas, os resultados insatisfatórios do leilão de energia alternativa recentemente realizado e o termo de compromisso assinado entre Petrobrás, MME e Aneel, sobre a oferta de gás.

Também foi considerado o fato de as usinas do Rio Madeira não ficarem prontas antes de 2012, assim como a Usina Nuclear de Angra 3. As opções são vistas como saídas para o problema.

in Gazeta Online

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Geladeira solar para resfriamento de leite

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco desenvolveram um novo sistema de refrigeração à base de energia solar, que poderá beneficiar produtores rurais de leite no Nordeste brasileiro.

O sistema resfria o leite por meio de um processo de absorção sólida. O projeto foi desenvolvido por Ana Rosa Mendes Primo, professora do Grupo de Engenharia Térmica do Departamento de Engenharia Mecânica da UFPE, e por Rogério Klüppel, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba.

De acordo com Ana Rosa, o sistema, que atinge temperatura mínima de 7ºC, começou a ser desenvolvido em 2002, quando o Ministério da Agricultura estabeleceu novas normas técnicas para a coleta e o transporte de leite em propriedades rurais.

"A lei determina que todo tipo de leite deve ser refrigerado ainda no local de produção, o que causa dificuldades para os produtores, uma vez que a maioria tem acesso precário e caro à energia elétrica", disse Ana Rosa à Agência FAPESP.

Contando só o leite bovino, Pernambuco produz cerca de 186 milhões de litros por ano. A bacia leiteira se concentra no agreste (71%). O sertão produz 16% e a zona da mata 10%. A atividade emprega cerca de 80 mil pessoas no estado.

Segundo a pesquisadora da UFPE, a tecnologia de refrigeração solar poderá contribuir para diminuir o êxodo rural em todo o Nordeste, aproveitando as condições climáticas favoráveis de céu limpo e pouca precipitação ao longo do ano.

A geladeira solar é composta por um coletor solar plano, cujo interior é cheio de sílica gel - material usado para absorver umidade. O sistema tem uma válvula de passagem de água com acionamento manual.

"A sílica gel libera vapor d'água a partir da ação do sol. Quando o sol incide sobre o reator, o calor penetra no coletor e a sílica começa a expulsar o vapor d'água, que é direcionado para o condensador, liquefeito e acumulado em um recipiente", disse.

Evaporador

Segundo Ana Rosa, no meio da tarde, quando o calor começa a diminuir, é preciso abrir a válvula para que a água desça para o evaporador, produzindo a refrigeração dos baldes de leite. "O vapor retorna pelo mesmo caminho pelo qual passou a água. Quando o sol volta a nascer, é hora de fechar a válvula e recomeçar o ciclo", explicou.

Os pesquisadores trabalham agora para incorporar à geladeira solar um controle automático para a válvula, dispensando a abertura manual para a liberação da água no fim do dia. "A idéia é incorporar uma válvula solenóide operada por energia solar, criando um sistema independente para ela", disse a pesquisadora.

Atualmente, uma produção de cem refrigeradores solares faria com que cada unidade custasse em torno de R$ 5, na avaliação dos pesquisadores. "É um custo mais que razoável, levando em conta que o tempo de vida útil de cada equipamento é de 30 anos", disse. Segundo Ana Rosa, a empresa paraibana Solartech, que pertence a Klüppel, pretende fabricar o equipamento.

in Inovação Tecnológica

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domingo, 12 de agosto de 2007

Entrevista com Luís Ramiro Diaz López, administrador da Union Fenosa para a Galiza e Portugal

A entrada em funcionamento em Portugal, a 1 de Julho deste ano, do mercado de spot, em que empresas espanholas e portuguesas podem comprar e vender energia diariamente, "veio colocar mais em evidência o problema das interconecções, ou da falta delas, entre a rede de transporte de energia espanhola e portuguesa". Um facto que faz com que "a electricidade produzida em Espanha custe mais cerca de 20 euros por MW/hora no mercado português do que no espanhol", diz, em entrevista ao DN Luis Ramiro Díaz Lópes, administrador da Union Fenosa. Apesar deste senão e de ter saído perdedora nas duas fases do concurso para a atribuição de uma nova potência eólica em Portugal, a eléctrica espanhola prepara-se para investir em várias frentes no mercado português.

Como é que a Union Fenosa pretende posicionar-se no mercado português de energia?

O mercado português tem de ser visto no contexto do mercado ibérico de electricidade (MIBEL). E se é verdade que nos últimos anos os governos de Portugal e Espanha fizeram um esforço para ultrapassar alguns dos obstáculos à criação de um mercado único regional, também é verdade que outros aspectos, muito importantes para que as empresas espanholas possam entrar no mercado vizinho, continuam por resolver. Definindo prioridades e simplificando. É o caso das interconecções, ou da falta delas, entre as redes de transportes de energia dos dois países.

Porque é que esse é prioritário?

Porque a 1 de Julho deste ano começou a funcionar em Portugal aquilo que designamos tecnicamente de mercado spot, ou seja, o mercado diário, onde se pode comprar e vender energia hora a hora - desde o ano passado que já funcionava o mercado a prazo, através de contratos bilaterais -, e isto colocou mais em evidência o problema. Porque para se vender energia diariamente é preciso que haja capacidade de transporte. Como não há, o preço sobe. Assim, a energia produzida em Espanha e exportada para Portugal, tanto em horas de pico como nas de baixo consumo, é mais cara cerca de 20 euros por megawatt do que se for vendida no mercado espanhol. Os dados falam por si. Se analisarmos os preços praticados entre 1 e 9 de Julho, verificamos que em horas de baixo consumo o megawatt/h de energia eléctrica produzido e vendido em Espanha custou 35,08 euros e o que foi vendido em Portugal custou 56,34 euros, ou seja, mais 57%.

Tudo isso se deve apenas às interconecções?

Sim, porque não há capacidade de transporte suficiente para escoar a energia de Espanha para Portugal. O lógico seria que fosse tudo ao mesmo preço.

As empresas responsáveis pelas redes de transporte dos dois países, REN e REE, já anunciaram projectos de reforço das interconecções para os próximos anos. Isso resolveria o problema?

Estão a ser estudadas duas interconecções importantes entre os dois países, uma a norte e outra a sul. Com estas duas ligações chegaríamos aos 3000 megawatts de capacidade de interconecção total. Isto resolveria o problema a médio prazo. Mas é preciso que se acelere a sua construção. Leva-se quatro anos a estudar e a resolver questões administrativas, quando uma linha pode ser construída em dois anos. Portugal precisa de energia e em Espanha a produção de electricidade é excedentária. Além disso, temos muita produção eólica, hídrica, de ciclos combinados e de carvão, ou seja, temos um mix de geração equilibrado que permite uma oferta sólida e a um bom preço, desde que não haja transporte.

Mas há outras razões que levam a que o preço da energia comercializada em Portugal seja mais caro...

Bom, não gosto de falar de vários problemas quando existe um em concreto que pode ser resolvido. É preciso reforçar as interconecções. Este também é um problema europeu. Espanha tem um défice de interconecções com França, que se está a tentar resolver agora, mas neste momento estamos a falar de Portugal.

A Union Fenosa já é a terceira maior comercializadora no mercado livre de electricidade português. Como vê a evolução deste mercado?

Portugal tem no mercado livre pouco mais de 11% da energia que consome. Uma percentagem assegurada, em grande parte, pelos clientes de média tensão, embora não sejam estes quem está em maior número. Não há praticamente grandes clientes. E estamos a falar de um mercado com 67 000 clientes de um universo de quatro milhões e meio de consumidores.

Se analisarmos estes números, podemos chegar à conclusão de que o mercado livre português tem uma dimensão muito pequena. Além disso, 94% dos clientes são da EDP e o resto são da Endesa e da Union Fenosa. Mas temos vindo a crescer.

in Diário de Notícias

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Porto Alebre (Brasil) incentiva uso de energia solar

Porto Alegre, RS - A capital gaúcha foi a primeira cidade brasileira a contar com uma legislação de incentivo ao uso de energia solar. Em novembro do ano passado, a Câmara de Vereadores aprovou o uma lei que cria o Programa de Incentivos ao uso de Energia Solar nas Edificações.

O objetivo da lei é promover medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar. O que se discute, agora, é a regulamentação da matéria.

Várias sugestões neste sentido foram apresentadas ontem (08/08) na palestra do coordenador do projeto Cidades Solares do Instituto Vitae Civilis, Délcio Rodrigues, durante o projeto Quarta Temática das Cidades. A série de eventos, que tem como objetivo debater questões relacionadas a qualidade de vida da capital gaúcha, estreou na sala 111 da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A iniciativa é do Núcleo Amigos da Terra/Brasil e da SMAM.

Porto Alegre tem a mesma insolação que o Centro-oeste e parte do Nordeste, informou Délcio. "É igual a de Brasília", comparou. Para o pesquisador há um imenso campo para expansão desse tipo de geração energética.

E acrescentou: se todo mundo tomar banho de chuveiro elétrico no horário de pico, no começo da noite, não há como atender a demanda. "Nem construindo Angra III, Santo Antônio e Jirau ou Belo Monte", apontou. Hoje, 20% do consumo geral durante o horário de pico vêm dos chuveiros.

O chuveiro elétrico é um dos vilões do consumo de energia dos lares brasileiros: 67% das casas utilizam esse aparelho, sendo que 90% das residências estão nas regiões Sul e Sudeste. O banho quente abocanha 30% da conta de energia elétrica.

O encontro, que reuniu técnicos da Smam, arquitetos, empresários e interessados, debateu formas de ampliar o uso da energia alternativa. Em São Paulo, por exemplo, está se tornando obrigatório o uso de coletores solares em residências com mais de quatro banheiros. Já na Paraíba, há desconto de 10% no IPTU para quem adota o sistema.

O secretário de Meio Ambiente de Porto Alegre, Beto Moesch, informou que a semana que vem será realizada uma reunião para dar andamento à regulamentação. Ele anunciou que a cidade terá uma praça "ecológica" no bairro Jardim Sabará onde a energia solar será utilizada.

Texto de Silvia Franz Marcuzzo para a EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

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Central nuclear brasileira pronta em 2013

A usina nuclear de Angra 3 deverá começar a operar em 2013, informou, nesta quinta-feira (9), Márcio Zimmerman, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, durante a audiência pública para discutir o Programa Energético Brasileiro. O debate foi promovido pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Zimmerman disse que passou a ser imperativa a conclusão de Angra 3, pois a usina vai contribuir para o cenário futuro do setor elétrico e a energia nuclear terá papel cada vez mais importante. O potencial hidrelétrico do país estará esgotado no horizonte de 2025/2030 e é necessária uma transição da hidrelétrica para a termelétrica, afirmou.

A opção da energia nuclear pode, entre outras vantagens, conforme enumerou o secretário de Planejamento do MME, contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Os cenários do Plano Nacional de Energia 2030 indicam, segundo ele, a necessidade de novas usinas térmicas nucleares, variando de 4.000 a 8.000 MW de acréscimos.

A conclusão de Angra 3 e a continuidade do programa nuclear brasileiro vão permitir a manutenção da participação da energia nuclear na matriz elétrica brasileira e, observou ainda Zimmerman, é preciso iniciar os estudos de localização das futuras centrais nucleares.

O secretário de Planejamento do MME disse que Angra 3 será competitiva do ponto de vista econômico, comparada a outras fontes térmicas. A usina será construída na mesma área licenciada para as usinas Angra 1 e 2, integrantes da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ).

- Angra 3 é uma cópia de Angra 2, e isso é uma vantagem. Não vamos onerar o consumidor. A usina será muito bem-vinda pelo setor elétrico - afirmou.

A expansão planejada pelo governo no setor energético, segundo informou, é de 70% de fonte hídrica e 30% de fonte térmica. Esses planos, disse, identificam o incremento da oferta de energia da ordem de 40.000 MW.

Urânio

Alfredo Tranjan Filho, presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), explicou, na audiência pública, todo o trabalho da entidade e disse que as atuais reservas brasileiras de urânio são suficientes para o atendimento previsto nos próximos 30 anos pelo Plano Nacional de Energia 2030.

O potencial adicional dessas reservas, de cerca de 800 mil toneladas, permite a inserção do Brasil entre as três maiores nações do mundo com esse produto, informou. O presidente da INB disse ainda que trabalhos de prospecção deverão ser feitos para a confirmação dessa estimativa.

O urânio, segundo explicou, é uma expressiva fonte de recursos que poderia propiciar o financiamento de todo o ciclo de combustível e, eventualmente, proporcionar autonomia da INB em relação ao Tesouro Nacional.

in Agência Senado

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Airtricity aluga terrenos transmontanos para eólicas

Foi dado mais um passo que visa a instalação Airtricity na zona de Bragança. Ontem a empresa ligada à exploração de energias renováveis , as juntas de freguesias e comissões de baldios assinaram os protocolos de Cessão de Exporação de Terrenos de Baldios para Fins Industriais, para a instalação de parques eólicos.

Além dos reponsáveis da empresa rubricaram os acordos os autarcas de São Julião de Palácios, Rabal, Deilão e Babe e as Comissões Directivas de Baldios de São Julião de Palácios, Vilarinho, Laviados, Guadramil e Rio de Onor. A assinatura destes contratos surgiu depois de um periodo de negociações entre a câmara de Bragança, juntas de freguesia, responsáveis pelos baldios, proprietários de terrenos e a Artricity.
A empresa começa já apagar a renda pela utilização dos terrenos. O autarca releva o facto deste passo significar o início de uma intenção de investimento anunciada a 19 de Abril deste ano e que está a avançar, memso com a oposição do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho. A empresa, uma joint-venture entre o promotor irlandês de energia eólica Airtricity e a portuguesa Enerbaça-Energias Renováveis, anunciou a intenção de desenvolver projectos de energia eólica até 600 MW, em Bragança e Vinhais. Um investimento global de 200 milhões de euros.

in BCD

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Energia investe 2 milhões em central fotovoltaica

A empresa portuguesa Energie vai inaugurar as instalações no final de Setembro, em Laúndos, Póvoa de Varzim, com uma área de três mil metros quadrados e um investimento na ordem dos dois milhões de euros. «Dentro de dois anos, a nave industrial aumentará para o dobro», apontam em comunicado.

As novas instalações da Energie surgem com base num crescimento sustentado pela procura. «Já não estávamos a conseguir responder às solicitações que tínhamos e só não estávamos a exportar mais por incapacidade de espaço», refere o presidente da empresa, Luís Rocha.

Depois de ter fechado o ano de 2006 com um volume de negócios de cerca de seis milhões de euros, a Energie tem por objectivo crescer um milhão de euros anualmente, atingindo os 10 milhões em 2010. «Nessa altura, o número de trabalhadores da empresa passará dos actuais 30 para 70», acrescentam.

Portugal continua a ser o maior mercado da Energie, ao representar 60 por cento do escoamento dos produtos. Mesmo assim, os restantes 40% da produção tem já como destino países como Espanha, França, Inglaterra, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo e Estados Unido. «Queremos alcançar uma posição de destaque em todos os mercados onde actuamos, através da investigação, do desenvolvimento, da produção e da distribuição de produtos inovadores, respeitadores do meio ambiente, com elevado valor acrescentado para os seus utilizadores e qualidade reconhecida, capazes de elevar os padrões de conforto das habitações», realça Luís Rocha.

in Agência Financira

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