Um quarto das casas construídas em São Paulo este ano usarão energia solar
Pelo menos 25% das casas e prédios residenciais que serão construídos em São Paulo neste ano deverão usar aquecedor solar para esquentar a água.
A estimativa da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) leva em consideração que das 44.624 residências que serão entregues aos donos este ano, 11.156 terão três banheiros ou mais e, segundo a nova lei, aprovada pela Câmara Municipal em 5 de julho, são obrigadas a usar energia do sol para aquecer a água.
O mercado de aquecedores solares agradece. Segundo estimativa da Abrava, o crescimento da indústria graças à nova lei deve ser de 20%. Mas os preços do equipamento, que custa em média R$ 1000, não devem aumentar, garante o diretor executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol) da Abrava, Carlos Faria.
"Muito pelo contrário. Há um aumento da concorrência - só em São Paulo são 40 fabricantes - e o preço deve cair", diz. Segundo ele, apesar de caro a princípio, o uso deste tipo de energia é econômico. "Só com a economia na conta de energia elétrica, a pessoa paga o equipamento em dois ou três anos."
O diretor da Dasol lembrou ainda que os aquecedores produzem a chamada "energia limpa". "Com a instalação dos aquecedores nas novas residências, haverá a redução da emissão de 3400 toneladas de gás carbônico na atmosfera."
Para o presidente do Conselho Deliberativo Instituto Ethos, Oded Grajew, a obrigação do uso da energia solar é "altamente positiva". Grajew é um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo, que tenta estabelecer estratégias de sustentabilidade para a cidade em parceria com o poder público. "É uma medida preventiva para evitar problemas maiores. Veja o que está acontecendo na Argentina hoje", disse. "A gente espera que outros imóveis não abrangidos por essa medida tomem a iniciativa."
O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), que tem sede em São Paulo, preferiu ainda não se pronunciar sobre a lei. O professor Orestes Gonçalves, da Universidade de São Paulo (USP), um dos integrantes do conselho, afirmou que o grupo está estudando a lei para então dar uma opinião.
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