sábado, 28 de julho de 2007

Expansão do negócio aumenta dívida da EDP

A expansão da EDP, em particular na área das energias renováveis, vai aumentar a dívida da empresa. Nos resultados do primeiro semestre, é já visível uma subida da dívida líquida de 165,4 milhões de euros. A dívida liquida, que ficou nos 9,4 mil milhões de euros, deverá aumentar "nos próximos trimestres, suportando a estratégia de expansão do grupo EDP", segundo se lê no comunicado.

A eléctrica anunciou ontem lucros de 422,1 milhões de euros, um crescimento de 12,7% que ficou abaixo dos valores previstos pelos analistas. Um dos indicadores que teve evolução negativa foi precisamente o dos resultados financeiros, que se agravou em 390%, para 176 milhões de euros negativos, reflectindo um aumento de 13% nos juros financeiros líquidos, por causa da subida das taxas de juro, mas também uma redução significativa dos ganhos financeiros. Do lado positivo, é de salientar uma redução de 1,7% dos custos operacionais e uma melhoria da margem bruta de 13,6%. No primeiro semestre, os resultados operacionais cresceram 37,2% para os 827,5 milhões de euros, enquanto o EBITDA (cash flow operacional) valorizou 26,8%, para 1352,6 milhões de euros.

Nos primeiros seis meses do ano, a EDP investiu 554 milhões de euros, um crescimento de 15% face ao mesmo período de 2006, com destaque para a expansão da capacidade instalada de produção de energia e em particular da eólica. Já em Julho, a EDP selou a compra da Horizon Energy, a terceira maior operadora de energia eólica dos Estados Unidos, num investimento da ordem dos dois mil milhões de euros, que será financiada com recursos a capitais alheios.

No mercado nacional de electricidade, o semestre ficou marcado por um crescimento da procura corrigida de 2%, reflectindo um Inverno ameno. Do lado da produção, o destaque vai para o forte crescimento da energia hidroeléctrica, da ordem dos 39%, reflectindo o maior nível de água nas barragens. Só em Portugal a subida foi de 45%.

A eólica, embora com menor expressão, aumentou 65%. Pelo contrário, a produção térmica, através de carvão, gás natural e nuclear, baixou.

Os preços na bolsa eléctrica espanhola e portuguesa caíram para os prazos mais curtos.

in Diário de Notícias

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