sábado, 28 de julho de 2007

Eólioca ajuda bom desempenho da EDP

O presidente executivo da EDP, António Mexia, considerou «excelente» o desempenho da eléctrica no primeiro semestre deste ano, que registou um aumento «muito acima do sector» com resultados operacionais de 27%.

«O primeiro semestre foi excelente para a EDP. Tivemos um aumento dos resultados operacionais de 27%, sem paralelo no nosso mercado e muito acima de todo o sector», frisou António Mexia, durante a apresentação dos resultados da eléctrica.

De acordo com António Mexia, estes resultados deveram-se a três factores: «A um bom crescimento na Península Ibérica, ao contrário de outros operadores, a um aumento muito significativo também das renováveis e à recuperação da situação do mercado brasileiro».

«Todas as geografias contribuíram de uma forma muito positiva para este crescimento de 27% da EBITDA [lucro antes de imposto, juros, amortizações e depreciações]», sublinhou.

O presidente executivo da EDP salientou ainda «o crescimento do resultado líquido», na ordem dos 13%, excluindo as mais valias.

«Estamos confortavelmente em linha para o cumprimento do plano de negócios 2007/2010. A taxa de crescimento média anual (EBITDA) de 2005 a 2010 é superior a 13% e o crescimento médio anual líquido neste período estará acima dos 14% por acção», disse.

António Mexia salientou ainda o turnaround das actividades em mercado, com enfoque no retorno e nos clientes, num portfolio de geração eficiente e numa plataforma comercial.

Além disso, acrescentou, está em curso um plano de investimentos com vista a aumentar a capacidade eólica (Europa + EUA) e hídrica (Portugal + Brasil), assim como um «esforço contínuo na melhoria da eficiência».

Relativamente ao segundo semestre deste ano, António Mexia mostrou-se «optimista» e adiantou que o crescimento de EBITDA orgânico se vai manter acima do verificado no sector.

No «outlook» que fez para o segundo semestre, Mexia incluiu a contratação de 85% da produção em mercado liberalizado, uma vez que proporciona estabilidade, e a integração da Horizon, que considerou «fundamental», com uma nova forma de crescimento agressiva.

«Haverá também em função da entrada do MIBEL e da implementação dos custos de manutenção do equilíbrio contratual (CMECs) desde 1 de Julho CMECs a provável securitização dos cerca de 830 milhões de euros nos próximos trimestres», adiantou ainda.

O presidente executivo da Eléctrica aludiu ainda à venda de 25% da Rede Eléctrica Nacional (REN), uma operação que ficará concluída no quarto trimestre deste ano.

Na Agenda Estratégica, António Mexia incluiu a manutenção do enfoque na rentabilidade e a política atractiva para os clientes, o crescimento do fornecimento de gás baseado na flexibilidade dos contratos de fornecimento a baixo custo.

Quanto à energia eólica, António Mexia adiantou que a agenda vai recair «no cumprimento do pipeline anunciado para a Europa e os EUA» e na «concretização do desenvolvimento dos projectos hídricos em Portugal e no Brasil».

O resultado líquido consolidado da EDP cresceu 12,7% no primeiro semestre do ano, face a igual período do ano passado, para 422,1 milhões de euros.

Os proveitos operacionais cresceram 7,4%, para 5,62 mil milhões de euros, com a margem bruta a subir 13,6%, para 2,26 mil milhões de euros, precisou a eléctrica na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O lucro antes de imposto, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) melhorou 27%, para 1,35 mil milhões de euros, com o resultado operacional (EBIT) a subir 37,2%, para 827,5 milhões de euros.

A EDP atribuiu a subida do EBITDA consolidado à «melhoria das actividades liberalizadas» do grupo na Península Ibérica, bem como à melhoria do EBITDA das actividades de distribuição reguladas em Portugal, Brasil e Espanha.

in Diário Digital

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