quinta-feira, 12 de julho de 2007

EDP expande eólica para o estrangeiro

A EDP vai fazer dos Estados Unidos a plataforma de expansão para outros mercados, com destaque para as energias renováveis. A Horizon, terceira empresa de energia eólica, cuja compra foi fechada ontem, está já analisar o quadro regulatório em países vizinhos como o Canadá, mas sobretudo o México, anunciou ontem António Mexia. O presidente executivo da EDP reconheceu, durante uma conferência em Nova Iorque, que o México faz sentido nas eólicas, mas também no solar. No Canadá há mais limites à entrada de novos operadores. De resto, a Horizon quer diversificar dentro dos Estados Unidos, tendo já garantido presença em 17 estados.

A expansão da eléctrica portuguesa no mercado das renováveis, com enfoque nas eólicas, vai também ser reforçada na Europa onde estão a ser estudados novos mercados como o italiano, o inglês e o polaco, além de um maior crescimento em França, Bélgica e ainda Espanha, onde a EDP está a negociar a compra da Don.

O negócio das renováveis representa actualmente um terço do valor da EDP, mas esta percentagem vai aumentar no futuro, já que a actividade vai absorver 60% dos investimentos de 11 mil milhões de euros que a empresa tem previstos até 2010. A crescente importância do negócio será acompanhada pela criação de uma nova empresa, a EDP Renováveis que vai integrar todos os activos nesta área. António Mexia admite que esta nova empresa pode ser dispersa em bolsa. A reflexão vai ser feita em 2008, apesar desta não ser uma decisão urgente já que há outras alternativas.

A compra da Horizon, um dos maiores investimentos realizados por uma empresa portuguesa no estrangeiro, foi assegurado por um financiamento de 3 mil milhões de dólares, totalmente assegurado por mais de 20 bancos. Parte do financiamento foi obtida com uma operação que usou os créditos fiscais atribuídos pelos estados americanos às empresas que produzem energia eólica.

O objectivo da EDP nesta área é consolidar a posição de uma das três maiores companhia do mundo em energias renováveis, posição que espera alcançar no final do ano.

Nos EUA, onde terá uma capacidade instalada de 1800 MW até ao final do ano, a meta é atingir os 12% no final da década, o que corresponde a 2800 MW.

Os EUA vão ser o maior mercado mundial para esta energia, e o facto de ainda estarem num estado menos desenvolvido que a Europa, representa grandes oportunidades de expansão para eléctricas europeias como a EDP e a Iberdrola que têm ainda como vantagem acordos de fornecimento com os principais produtores de turbines, um equipamento em que a procura excede a oferta. A EDP tem como meta global chegar aos 7600 MW de potência total instalada em 2010. Mexia não fecha as portas a outros investimentos em energia convencional nos EUA.

in Diário de Notícias

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